segunda-feira, junho 28, 2010

Master em CoolHunting AYR ESCS - CoolHunting em Amesterdão

sexta-feira, junho 25, 2010

O que é e como surgiu o Master em CoolHunting

quinta-feira, junho 24, 2010

Master em CoolHunting AYR ESCS - video de apresentação

Master em CoolHunting AYR ESCS



Curso Avançado de Executivos sobre CoolHunting em parceria com a Escola Superior de Comunicação Social. Mais informações em www.ayr-consulting.com

Apresentação AYR

AYR Institutional Presentation

45+, os consumidores que farão as marcas crescer mais

O primeiro relatório com insights estratégicos lançado pela unidade 45+ da Ayr Consulting.

Tem como objectivo ajudar as marcas a melhor estruturar o seu negócio dirigido para o segmento dos adultos, na segunda etapa da vida. Numa altura em que o mercado começa a despertar para o segmento sénior, este documento ajuda gestores e marketeers a compreenderem como devem trabalhar no sentido de melhor envolver os pré-seniores e seniores.

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Luis Rasquilha
Managing Partner/Senior Vice President
AYR Consulting Trends & Innovation (a www.scienceofthetime.com company)
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quinta-feira, junho 17, 2010

VOCAÇÃO

“Quando você não está feliz, é preciso ser forte para mudar, resistir à tentação do retorno.O fraco não vai a lugar algum”. (Ayrton Senna)

Caro leitor,

Aqui estou eu de novo com os meus “panos de fundo”. Se você leu os artigos 1 e 2, pode estar se perguntando até onde isso vai e quando eu começo para valer a cumprir com o que combinei quando comecei a escrever, ou seja, falar de planejamento de carreira e competências.

A notícia ruim é que eu ainda quero colocar neste longo preâmbulo alguns “panos de fundo”, que virão nos próximos cinco artigos: Valores, Ética, Parcerias de sucesso, Coerência e Competição. A notícia boa é que paro por aí. Depois de fazê-lo (a) pensar nestes temas, sinto-me a vontade para começar a compartilhar com você o conhecimento sobre carreira e competências que construímos na ESAMC nos últimos anos.

Bom, o tema de hoje é vocação. Em uma pesquisa rápida em vários dicionários, você verá que esta palavra está associada a “tendência, gosto por algo”. Em alguns até aparece o termo “Talento”. Os padres e pastores afirmam a todo momento que “exercem a sua vocação”. Mas a pergunta que ouço com freqüência e que quero discutir hoje é a seguinte: “- Como sei se estou realmente fazendo aquilo que gosto?”. “Como descubro a minha vocação profissional? “. Conheço poucas pessoas que não se fazem esta pergunta pelo menos uma vez ao ano. Além do mais, sempre que alguém de sucesso inquestionável fala sobre os fatores que foram determinantes para chegar lá, cita textualmente: “Cheguei até aqui porque sempre fiz o que gosto”. Ou “Quando a gente gosta do que faz, o trabalho vira uma diversão”. Você já ouviu isso?. Dá raiva às vezes, não dá?. Como assim? Trabalho = diversão?.

O fato é que esta questão, embora apenas lembrada algumas vezes e em situações equivocadas, leva muitas pessoas a passarem anos se martirizando e querendo cortar os pulsos quando o despertador toca toda segunda-feira de manhã. O pior é que a maioria só pensa nisso em momentos de infelicidade ou insatisfação profissional. E quase sempre não chega a conclusão nenhuma e continua na mesma. Tem muita gente trabalhando naquilo que não tem nada a ver com a sua real vocação. Seja por dinheiro, por falta de oportunidade ou até mesmo por comodismo.

A minha visão sobre este tema é muito pragmática. Entendo que o mundo atual, cheio de oportunidades e novos desafios, acaba criando uma série de situações em que as pessoas são levadas para áreas de atuação por motivos diversos e que passam longe de vocação. Em uma pesquisa com mais 1 milhão de pessoas em 63 países, os autores do livro “Descubra seus pontos fortes”, mostram que 80% dos entrevistados não acreditam que estão usando as suas reais potencialidades. Faça esta pesquisa você mesmo (a) com umas 10 pessoas e se surpreenderá com as respostas. O preço pago pelas empresas e pelas pessoas é incalculável. Este, talvez,, seja o maior desperdício que exista hoje no mundo empresarial.
Já li um pouco a respeito das várias visões sobre o melhor caminho para se encontrar a real vocação. Este tema, por se tratar de comportamento humano, é bastante explorado pela área de psicologia. Foi aí que surgiram os chamados testes vocacionais, às vezes procurados como salvadores da pátria. Eu mesmo fiz um quando tinha 17 anos e estava quase pirando antes de decidir que curso fazer na faculdade. Uma tragédia. Alguns dirão que, se deu errado, a culpa foi minha. Talvez seja. Talvez eu não tenha sido sincero nas respostas. Talvez. Mas o fato é que comigo não funcionou.

A tese que mais me agradou até hoje defende que só há um lugar para descobrirmos a nossa real vocação: A nossa história de vida. Isso mesmo. Na nossa história de vida estão todos os elementos que precisamos para descobrir o que mais nos dá prazer e onde temos as maiores chances de sucesso.

A maioria das pessoas já deve ter lido uma biografia. Mas conheço poucas que escreveram a sua auto-biografia. Pois bem, esta é a dica de hoje. Você quer explorar um pouco este tema e tentar descobrir se você está “exercendo a sua vocação”? Então faça o seguinte. Sente-se na frente do seu computador com um editor de textos na tela e escreva a sua história de vida. Não importa se vai escrever muito ou pouco. Coloque aquilo que seja importante para você. Não se policie. Deixe as informações fluírem. Inclua tanto a sua experiência pessoal como a de carreira. Considere seus anos de formação, seu histórico profissional, seus momentos de lazer, seu relacionamento com a família, amigos e conhecidos. Para ajudá-lo a recordar, utilize a ordem cronológica e vá progredindo até os dias de hoje. Use todo material que você tiver para ajudá-lo a recordar-se, como: anotações, diários, agendas, cartas, álbuns de fotografia, familiares e outros.

Quando acabar, faça um quadro-resumo, destacando os pontos mais importantes, as pessoas mais importantes e os eventos mais importantes. Há uma grande probabilidade de você enxergar coisas em relação a você e à sua vocação que a correria do dia a dia não permite. A quantidade de testemunhos positivos que já ouvi em relação a esta experiência é impressionante. Que tal tentar?.

Bom, se você gostou do artigo, fique a vontade para repassar para seus contatos. Caso tenha dúvidas ou críticas, peço o seu retorno e desde já agradeço. Caso tenha interesse em tópicos específicos sobre os temas carreira e competências, fique também a vontade para me sugerir através dos contatos abaixo.

Obrigado.
Marcelo Veras
Vice presidente Acadêmico - ESAMC
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VALORES

“Nada vale a pena se eu colocar a cabeça no travesseiro à noite e demorar mais de 5 minutos para dormir”. (Autor desconhecido)

Caro leitor,

O tema de hoje me encanta. Falar de carreira, sucesso e competências sem falar de valores é como se construir um prédio de 10 andares com os pilares de isopor. Cai antes de ficar pronto.

Para você, o que é certo ou errado?. O que é bom ou ruim?. Escreva pensado em aspectos pessoais, financeiros e profissionais e terá os seus valores listados. Simples assim. Isso é a base de tudo. Este é o combustível que alimenta o nosso motor. Dos relacionametnos afetivos às decisões de onde trabalhar, com quem trabalhar, a quem se associar em um projeto ou novo negócio. O princípio do sucesso ou insucesso de qualquer relacionamento é a sinergia (ou não) entre valores, formas de enxergar o mundo, crenças sobre o que é correto ou não.

Já acompanhei vários casos de parcerias fracassadas, no campo pessoal e profissional, e concluí que, em quase a sua totalidade, um conflito de valores foi o responsável pelo fim. Quando está tudo bem, este assunto não é sequer tratado. Quando os problemas aparecem, chega a hora de cada um mostrar a sua cara e colocar os seus valores na mesa. Aí é que o bicho pega. Nestes momentos, é comum as pessoas se decepcionarem umas com as outras. “Nossa, eu estou perplexo (a). Não esperava este tipo de postura dessa pessoa!”. Você já ouviu isso alguma vez na vida?. Provavelmente sim.

De quem é a culpa quando isso acontece?. Na minha visão, de todos. Sem exceção. A explicação é simples. Se você entra em uma parceria, seja ela qual for, e não se preocupa em conhecer profundamente os valores da pessoa a quem está se associando, está cometendo um erro grave e assumindo o risco de descobrir coisas que pode não gostar no futuro.

Até entendo que é muito difícil tratar de determinados assuntos no início de uma relação. Chegar para um potencial sócio e conversar sobre ética, família, religião etc, é muito complicado. Falar sobre dinheiro, como lidar com familiares e amigos no início de um namoro é também muito difícil. Mas não fazer isso significa aceitar que a relação começa com este risco. Se for assim, entre preparado(a) para tudo.

É claro que as pessoas também podem mudar ao longo do tempo. Mesmo que se trate claramente de tudo no início, isso não é garantia de que não haverá conflitos de valores no futuro. Mas, de uma forma geral, a maioria dos valores pessoais são bem sólidos e não mudam muito. Eles foram construídos durante uma vida inteira e, com raríssimas exceções, não mudam radicalmente.

Eu realmente acredito que a base de qualquer relação de sucesso é a sinergia de valores. A vida é cheia de altos e baixos e os relacionamentos só sobrevivem a períodos difíceis se as posturas em relação à vida e às pessoas forem semelhantes. Acredito também que é melhor dedicar um pouco mais de tempo no início da parceria para checar a sinergia de valores do que construir um castelo de areia, que vai desabar na primeira adversidade que aparecer.

Pense nisso nesta semana. Converse mais sobre crenças e valores com as pessoas com quem você se relaciona. Se estiver no início de uma nova parceria, seja um namoro, uma sociedade ou uma amizade, faça, sem receio, a seguinte pergunta: “Para você, o que é certo ou errado? O que é bom ou ruim? No que você acredita? “. Dependendo da resposta, siga em frente ou pule fora imediatamente.

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PARCERIAS DE SUCESSO

“Junto é sempre melhor do que sozinho.” (Autor desconhecido)

Muito se fala atualmente sobre parcerias, alianças estratégicas, fusões etc. No mundo contemporâneo e nesse cenário de imensa competitividade e luta pela sobrevivência, nunca se viu tanta empresa querendo se associar, buscando “tocar” projetos em parceria, lançando produtos e abrindo mercados através de join-ventures com outras empresas. No campo pessoal, as igrejas também estão abarrotadas de gente querendo casar. Tudo isso suscita questões e contradições: afinal, qual é a razão dessa sede de “juntar as escovas de dente” neste início de século?
Por outro lado, não dizem por aí que o mundo anda egocêntrico? Por que, então, essa apologia da união está tão em voga que virou até slogan de banco (refiro-me ao “Juntos” da campanha publicitária do Santander)?

A resposta me parece simples. E a lógica, meramente econômica. Há um momento em que os nossos recursos acabam ou não são suficientes. Estou falando dos três recursos escassos que administramos: Tempo, Dinheiro e Energia Mental (pessoas, competências, habilidades). Quando uma dessas dimensões acaba ou não é suficiente para viabilizar um projeto, precisamos de parcerias. Necessitamos de complementação. Esse, obviamente, é um lado da história, o lado profissional, corporativo. No aspecto humano existem outras razões. Casar ou cultivar uma amizade envolve não só questões econômicas, mas afetivas e espirituais, apenas para destacar as mais evidentes Entretanto, as bases e a necessidade de complementação é a mesma. Queremos fazer coisas juntos porque sozinho é mais difícil e muitas vezes, menos prazeroso.

Se você, por exemplo, é uma daquelas pessoas que flerta com a solidão, gosta de viajar só e de ir ao cinema apenas com a pipoca, talvez considere polêmica a minha tese. Mas deve reconhecer o fato de que a sociedade está carente e de que esse sentimento também povoa as organizações.

Meu objetivo não é encontrar a gênese das uniões. Quero discutir o que uma parceria, seja ela profissional ou pessoal, precisa ter, na sua essência, para ser bem sucedida. Começando pelo que considero o seu principal fator crítico de sucesso ou fracasso: a complementaridade. Penso que as pessoas e organizações terão maiores chances de sucesso junto, na proporção direta da capacidade de uma contribuir para o atingimento dos objetivos da outra, utilizando suas competências, recursos e habilidades. Em qualquer união, o sucesso depende da capacidade de “um” transformar os problemas do “outro” nos SEUS problemas. E as vitórias do outro em SUAS vitórias.

Pode parecer uma forma simplista de abordar a questão, mas é uma maneira simples e observável: lembre-se, por exemplo, de um casal amigo, que vive um relacionamento sólido há bastante tempo. Você perceberá claramente que, salvo as exceções de praxe, ambos possuem um elevado comprometimento com os problemas e as conquistas do outro. Comemoram as vitórias do outro como se fossem suas. Colocam várias vezes, o interesse do outro acima do seu. Diante de outras pessoas, valorizam o outro, enaltecem, elogiam, aplaudem. Longe de ser filosófico, esse é, na minha visão, o único ponto comum e constatável até hoje nas parcerias que se tornaram perenes.
No caso de união entre pessoas jurídicas, é também o conjunto de esforços e a complementaridade que determinam o sucesso. Necessariamente há outros ingredientes importantes na receita desse prato. Valores semelhantes, objetivos congruentes e desafiantes, são alguns deles.

Simples no papel, mas tão difícil na prática. É o que dizem sobre relações humanas. No caso específico das uniões, acredito que podemos sintetizar em três pontos a razão de uma morte precoce: O primeiro chamo de “contratos furados”. O segundo de “falta de paciência” e o terceiro de “subjetividade da balança”.

Os “contratos furados” ocorrem no início da parceria. Cada uma das partes precisa ter claro quais são seus objetivos, suas estratégias, suas competências, seus recursos e suas fragilidades. E, além de analisar se esses pontos convergem, precisam saber expô-los para o potencial parceiro. Quando isso não ocorre, surpresas desagradáveis podem acontecer no futuro. Daí para o rompimento é um pulinho.

“Falta de paciência”... quem não houve falar nesse mal ou mesmo se pega sofrendo dele?. O fato é que as pessoas e organizações depositam reciprocamente uma expectativa excessiva. Querem ver a coisa acontecer e com um senso de urgência jamais visto. Querem ver logo os resultados. Com o nível de cobrança fora de controle os pilares começam a ruir. Como um bom vinho, toda união precisa de maturação. Um tempo para que as partes se acostumem com a nova realidade e com a presença do outro na sua vida e nos seus projetos. Os “fios se conectam aos poucos” e nem sempre na velocidade que gostaríamos. Por isso é indispensável que os objetivos sejam realmente relevantes para ambos e que o prazer de estar juntos seja perceptível não apenas pelos resultados que se busca, mas também pela alegria de dividir a jornada.

Por último, o que chamo de “subjetividade da balança” é a impossibilidade de se calcular efetivamente se os benefícios e os custos da parceria são iguais para as partes envolvidas. Acordar todos os dias se perguntando se você está oferecendo mais do que recebendo, faz com que a união seja questionada na sua essência. Essa é uma conta difícil e eu não recomendo que seja feita precocemente. Deixe que a sabedoria do tempo responda essa questão. A métrica, na verdade, deve ser outra. A pergunta correta a ser feita é se “sozinho é melhor ou pior do que junto com o parceiro”. Ou até mesmo, se é possível sem ele.

Se você desenvolver esta capacidade de empatia, nos bons e maus momentos da relação, irá ter sempre grandes parceiros na sua vida. Seja em uma empresa ou na vida pessoal. Porque o verdadeiro casamento é o das intenções.

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Marcelo Veras
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GRUPOS DE COMPETÊNCIAS

“Um profissional é avaliado pelo que É, pelo que SABE e pelo que ENTREGA” (Marcelo Veras)

No artigo 2 (Meritocracia), eu comecei com uma pergunta - Por que uns chegam lá e outros não? Neste, defendi veementemente a tese da meritocracia. E quem comprou a idéia de que, no médio e no longo prazo, serão premiados aqueles que investirem em competências, deve estar achando que devo uma resposta para a seguinte questão: - Quais competências me farão ser “premiado”?

Quero começar a responder a esta questão com duas histórias recentes e conhecidas por muitos. A do nosso ex-presidente da república e a do atual presidente. Vamos começar pelo primeiro. Qual foi o projeto que alavancou definitivamente a carreira política do Sr. Fernando Henrique Cardoso em 1994? O Plano Real, lembra? Qual é a formação acadêmica deste senhor? Sociologia. Veja, um sociólogo vira o presidenciável mais forte, ao ponto de ser eleito e reeleito, entre outros méritos, é lógico, devido a um plano econômico. Na sequência, um metalúrgico, sem formação acadêmica superior, também é eleito e reeleito para o cargo político mais importante de um país, e entra para a história também como um bom governante.

Quer mais? Há uns 3 anos li uma pesquisa interessante em uma revista de negócios, mostrando que 39% dos cargos de presidente, vice-presidente e diretor em uma amostra das 100 maiores empresas do Brasil eram ocupados por engenheiros. Uma total inversão de valores, certo? Errado. Estas pessoas, sem exceção, mereceram chegar onde chegaram. E tiveram sim as competências necessárias para ocuparem tais cargos e se destacarem dos seus pares.

Volte neste artigo e leia novamente a frase de abertura. Ela explica tudo. Quem entender isso terá dado o primeiro passo para mudar a sua perspectiva de avaliação sobre a sua carreira e o que o levará a atingir seus objetivos. As três palavras maiúsculas (com mérito) deixam claro que, ao contrário do que muita gente e muitas escolas pensam, o sucesso é decorrência não só de conhecimento, mas também de atitudes e, principalmente, de resultados. É como se a carreira fosse uma corrida de aventura e você precisasse de três mochilas nas costas. O vencedor será sempre aquele que tiver com mais recursos nestas três mochilas. Vamos abrir cada uma delas.

Na primeira, estão as competências técnicas. Os conhecimentos necessários para se exercer cada profissão e ocupar um determinado cargo. Estudar, se dedicar, ter boas notas e se atualizar sempre fazem parte deste contexto. No mundo competitivo em que vivemos quem parar de estudar está morto. As mudanças tecnológicas, sociais, políticas e econômicas fazem com que novas formas de se gerenciar os recursos mudem do dia para a noite. E quem achar que as linhas que colocou no currículo até agora garantirão alguma coisa no futuro, vai dançar. Portanto, as chamadas competências técnicas são fundamentais e o investimento contínuo em educação deve ser tão óbvio como é óbvio comer todo dia. Entre as competências técnicas de cada área do conhecimento, destaco e falarei nos próximos artigos sobre algumas que são ignoradas por muitos. Raciocínio analítico, raciocínio lógico, raciocínio crítico, língua inglesa, língua portuguesa, entre outras.
Na segunda mochila estão as chamadas competências comportamentais. Ou seja, as atitudes, os padrões de comportamento no ambiente profissional. Na longa pesquisa que fizemos na ESAMC com líderes empresariais, nós mapeamos 7 competências. Entre elas estão Empreendedorismo, Ética e Equilíbrio Emocional. Tratarei de cada uma delas neste espaço em breve. Estas competências funcionam como o gatilho que faz com que o conhecimento deixe de ser uma mera poupança mental, um acúmulo de conhecimento sem utilidade. Conhecimento sem atitude não serve para quase nada.

Na terceira e última, estão as chamadas competências gerenciais. O resultado das duas anteriores. O SABER FAZER. Aquilo que produz o resultado, como decorrência de bons conhecimentos e atitudes corretas. Este grupo é composto por 9 competências, entre elas estão: Negociação, Trabalho em Equipe, Liderança, Tomada de Decisão e Etiqueta Empresarial.

O resumo da ópera é quase uma equação matemática. SER + SABER = SABER FAZER. Em outras palavras, resultado é igual a conhecimento + atitudes.

Agora analise friamente os casos dos nosso dois ex-presidentes, e veja claramente que o que os levou até lá não foi, prioritariamente, conhecimento técnico, e sim, atitudes e resultados. Eles montaram boas equipes de técnicos e se concentraram em liderar estas pessoas e em usarem suas competências comportamentais (atitudes) para implementarem seus projetos e atingirem seus resultados.

Aqui começamos uma longa jornada na nossa discussão sobre competências e sucesso. Vamos explorar cada uma dessas 16 competências e seus impactos na carreira e na vida. E faço um convite para você. A partir de hoje, enxergue a jornada profissional como uma corrida de aventura, onde a regularidade é mais importante do que o arranque. Onde a visão de médio e longo prazo é mais importante do que o dia de amanhã. E, finalmente, onde os vencedores chegarão com três mochilas cheias nas costas.

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ÉTICA

“Ninguém resiste a uma lente de aumento”. (Max Franco)

No dicionário Aurélio está escrito: “Conjunto de normas e princípios que norteiam a boa conduta do ser humano”. É incrível como uma definição diz tudo e, ao mesmo tempo, não diz nada. Tão simples e tão complicada. Pergunte a dez pessoas o que é ser ético. Compare as respostas e comprove que este conceito é um dos mais aguados que você já viu na vida. Digo isso porque o termo chave da definição deixa uma lacuna enorme. O que significa “boa conduta”? Cada país, cidade, empresa ou pessoa tem o direito de definir? Quem julga? Quem tem autoridade moral para dizer o que é e o que não é boa conduta?

Sei que você pode estar pensando que ética está acima da moral e das leis. É questão pessoal, atemporal. Eu já ouvi muita gente falando sobre ética. Muita gente mesmo. Já li frases do tipo “Não fazer com os outros, aquilo que você não gostaria que fizessem com você”, ou “A vida em sociedade exige regras de convivência e que elas sejam obedecidas. Caso não exista este acordo social caímos na lei das selvas e do salve-se quem puder” (site do Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial – www.etco.org.br). No mundo corporativo, em pesquisa recente com mais de 100 líderes empresariais, ética ganhou a seguinte definição: “Conduta idônea - conjunto de princípios morais que se deve observar no exercício da profissão”. Tudo muito lindo. Mas e aí? No fundo, o que é ser ético? E mais, existe alguém 100% ético?

No final das contas, assistindo a tudo que se passa neste nosso imenso Brasil, das organizações às posturas individuais no dia-a-dia, concluo que esta bandeira só pode ser levantada, se é que pode, por alguém que não deva nada. Absolutamente nada. Por alguém que tenha uma postura radical. Uma disciplina exemplar. Porque se não for assim, dependendo da definição de ética e de como as palavras são interpretadas, fica todo mundo de fora e frase acima do meu amigo Max vira a maior verdade já dita até hoje no mundo. E, embora goste dela, ainda me recuso a jogar a toalha.

Quando trato deste assunto com os meus alunos na ESAMC, vejo que muitos têm uma dúvida enorme a respeito de onde está a fronteira. Qual deve ser o tamanho do “delito” para ser considerado como falta de ética. Imprimir uma página do trabalho da faculdade na impressora da empresa é falta de ética? Comprar um CD pirata no camelô da esquina é falta de ética? Usar a rede da empresa para acessar email pessoal é falta de ética? Instalar um software pirata no computador é falta de ética? Omitir uma informação ou um fato é falta de ética? Será que atos aparentemente tão “irrelevantes” e que, também aparentemente, não fazem mal a ninguém precisam entrar nessa lista? De fato, como diz a minha amiga Carolina, “esta fronteira é da largura de um fio de cabelo”. Tenho certeza que qualquer um que fez uma das coisas listadas acima tem um caminhão de justificativas bem convincentes para justificar o ato. Um vai dizer que os impostos são muito altos na compra de CDs e tudo vai mesmo para o bolso dos políticos corruptos. Outro vai dizer que a empresa o faz trabalhar mais do que o horário às vezes e não paga hora extra. Ou que, se empresa me liga no horário de lazer, me dá o direito de usar parte do meu tempo de trabalho para resolver alguma questão pessoal.

Tecnicamente, existe uma definição, ela é aceita socialmente e creio que nunca foi tão discutida e cobrada como atualmente de pessoas e organizações. Entretanto questiono muito a forma como pessoas e organizações são categorizadas e rotuladas. O termo “faltou com ética” ou “foi ético” tem sido usado de forma pouco cautelosa, para não dizer outra coisa.

Acredito mais na moral, nas leis e nas regras sociais. Confesso que não tenho competência para julgar nem a mim, muito menos aos outros sobre questões éticas. Não tenho a pretensão de me safar de um ou outro deslize, até porque acho que não existe uma forma de vida hoje que nunca tenha cometido o seu. Mas, me sinto mais a vontade e seguro quando sei e conheço as regras do jogo. Quero as coisas claras, as expectativas colocadas em alto e bom tom. Quero que as relações de confiança se construam com bases claras. Daí me sinto tranquilo e me concentro 100% em respeitá-las. O que pode, pode. O que não pode, não pode. Na dúvida, senta-se, conversa-se e esclarece-se. Simples assim. Esta “lei”, para mim, deve ser estabelecida entre pessoas e organizações, entre pessoas e pessoas e na sociedade em geral.

Admiro pessoas coerentes. Aceito e convivo com a imperfeição, até porque estou longe de ser o exemplo da perfeição. Então prefiro conviver com pessoas que erram e assumem seus erros do que com pessoas que erram todo santo dia e posam de “guardiões da ética e da coisa certinha”. Tendo dito isso, confesso que, para mim, tanto a palavra como a definição de ética, não me fazem falta alguma. Toco a minha vida, respeitando os acordos que fiz e as regras que me foram colocadas, e não tenho medo nenhum de colocarem um telescópio apontado para mim.

E para os meus alunos, recomendo que conheçam e sigam as regras dos ambientes em que se encontram, estejam elas escritas, em um código de conduta, por exemplo, ou não. Assim, todos podem se concentrar no seu trabalho, na sua vida e no que se quer construir pessoalmente e profissionalmente.

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COMPETÊNCIAS

“Não dá para fazer omelete sem quebrar os ovos” (Autor desconhecido)

No artigo 2, quando tratei do assunto meritocracia, expressei radicalmente a minha fé e paixão por esta palavra. Neste mesmo artigo fiz menção a uma pesquisa que foi realizada com quase uma centena de líderes empresariais, que ocupam posições que hoje seriam desejadas pela torcida inteira do flamengo. Todos, sem exceção, atribuem o seu sucesso a uma longa jornada de trabalho, dedicação e determinação.

Acreditar em meritocracia e não terceirizar a responsabilidade do seu sucesso para a sorte ou para mão divina do seu Deus, nos leva necessariamente a acreditar também em competências. Ou seja, se o mundo é mesmo “meritocrático” no longo prazo, o único caminho para o sucesso é o caminho do desenvolvimento de competências. Uma competência significa, segundo o nosso “velho e bom” Aurélio, capacidade, aptidão.

Recentemente li um livro “interessante” sobre o assunto. O título é “Descubra seus pontos fortes” (Marcus Buckingham e Donald O. Clifton). Comecei gostando da abordagem. O resultado de uma pesquisa mundial foi apresentada logo no começo, mostrando que só 20% das pessoas entrevistadas acham que usam seus pontos fortes todos os dias. Depois disso me deparei com uma boa definição de ponto forte – “Um desempenho estável e quase perfeito em uma determinada atividade”, citando textualmente Tiger Woods. E blá blá blá blá blá blá. Até que chegou a página 35 e eu comecei a, digamos, perder o tesão pelo livro. – Tava indo tão bem! , pensei. Nesta página, eles começam a complicar o caminho para o sucesso, definindo e diferenciando Talentos, Conhecimentos e Técnicas. Daí pra frente, tirei pouca coisa útil do texto, embora o tenha lido até o fim e feito o teste que, supostamente, me mostrou os meus talentos naturais. Mais um enlatado americano. Um horror!

Quanto mais leio sobre carreira, sucesso e competências, menos aprendo. É incrível, mas o desejo insano de definir a sua verdade sobre estes temas e tentar montar um prato comestível a todos os pobres mortais que estão batalhando todo dia para tentar melhorar de vida, só faz com que estes autores me irritem. Definitivamente cansei. Cansei de todos. Prefiro a coisa simples. Que possa se transformar em ações concretas todo dia às 08h00 da manhã. Teorias rebuscadas sobre coisas simples são perda de tempo.

Na pesquisa que realizamos na ESAMC, pessoas que chegaram lá, e não que ficam por aí escrevendo sobre o assunto, definem competências de maneira simples e da mesma forma que já citada anteriormente: Capacidade. Só isso. Ponto final. Se você quer ser competente em algo, precisa desenvolver a capacidade de realização. E tem mais, quase todos afirmaram que, ao longo da carreira, tiveram que desenvolver muitas capacidades. Ou seja, não vieram com estes chips na cabeça desde o nascimento. Como sempre digo, quando quero aprender sobre algo, busco quem tem, ao meu ver, autoridade moral para falar do assunto. E quase sempre prefiro ouvir pessoas que realizaram coisas concretas e projetos reais naquilo que desejo aprender. Sendo assim, rejeito veementemente a visão “romântica” de que todos estão condenados a se darem bem apenas onde os seus talentos naturais possam ser usados.

Aceito sim que, em alguns casos, pessoas conseguem ter desempenho acima da média em algumas coisas com menos esforço do que outras. Também acredito que algumas competências são mais facilmente desenvolvidas por umas pessoas e não por outras. Mas daí a achar que tudo é “talento natural”, é too much para mim. Prefiro viver com a crença de que qualquer pessoa, independente de aspectos genéticos, pode conseguir um bom padrão de desempenho naquilo que decidir ter, desde que tenha uma motivação para tal e um nível de esforço proporcional à dificuldade da capacidade que quer desenvolver.

Pense nisso e decida com que visão você prefere ficar. Com a que acredita nos “talentos naturais” como única estrada para o sucesso ou com a visão de que é possível se construir esta estrada com as suas próprias mãos e sem depender da genética. Se a sua visão for a segunda, leia nos próximos artigos a subdivisão de competências em três grupos (técnicas, comportamentais e gerenciais) e as ferramentas disponíveis para se desenvolver todas elas. Caso contrário, compre o livro citado acima e leia mais um enlatado americano. Ah, e boa sorte!

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Marcelo Veras
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COERÊNCIA

“A coerência é a virtude dos imbecis.” (Oscar Wilde)

Oscar Wilde. Que frase infeliz!. Já li muitas atribuídas a este grande dramaturgo e escritor irlandês. Todas muito boas, inteligentes e provocativas. Gosto da maioria delas. Mas esta, eu odeio. Discordo em gênero, número e grau. Até entendo o contexto e a provocação. Em outras palavras, quem analisar de perto a sua biografia, verá que ele quis dizer que a vida tem de ser vivida intensamente, mesmo que tenhamos que fazer algumas bobagens ou sermos incoerentes de vez em quando. Porém, quero analisar friamente a questão, principalmente na sua intersecção com questões ligadas à carreira. E se a palavra coerência merece ou não adjetivos melhores.

A nossa vida é cheia de desafios. Acordamos todo santo dia com diversos “leões” para matar. E estamos nesta guerra diária por motivos muito claros: Recompensas. Sejam elas quais forem, estamos sempre em busca de recompensas. Financeiras, emocionais, espirituais, de status etc. Enfim, tudo é uma questão de “Custo x Benefício”. Investimos tempo, dinheiro e energia em projetos que nos dêem retornos concretos. Até aí, nenhuma novidade. A questão que me vem à cabeça quando penso na palavra coerência é a seguinte: Qual deve ser o tamanho do esforço para cada recompensa que desejo alcançar?. Se quero ser promovido na minha empresa, que quantidade de recursos (tempo, dinheiro e energia) preciso investir?. E se quero se fluente em uma língua? E se quero fazer uma viagem de 1 mês pela Europa? E se quero encontrar uma pessoa legal para namorar ou casar? E se quero conquistar um prêmio da minha área de atuação? Quanto devo investir?.

Se você nasceu em berço de ouro e teve tudo até hoje sem grandes esforços, provavelmente nunca ouviu falar em relação “Custo x Benefício” e deve estar achando este “papo” chatíssimo. Mas se você, assim como eu, teve (e tem) que batalhar por cada coisa que deseja conquistar, chegará rapidamente à conclusão que o esforço deve ser proporcional ao tamanho da recompensa desejada. Nem mais, nem menos. Exatamente na mesma medida. Se quero algo grande, preciso investir muito. Se quero algo pequeno, preciso investir pouco. Tudo tem o seu preço. Coisas boas custam caro. Coisas ruins custam barato. Assim é a vida.

Se este pressuposto for aceito como correto, a coerência, aplicada e este amplo sentido da vida, está intimamente ligada à nossa capacidade de criar o equilíbrio entre a expectativa e a ação. Como está escrito no dicionário Aurélio, “harmonia entre idéias”. Alguém coerente espera na mesma proporção do que faz. Isso vale, se você pensar bem, para tudo. Da carreira aos aspectos pessoais, das finanças aos relacionamentos.

Eu gosto muito de analisar as queixas alheias. Ouço queixas de alunos, colegas, amigos e parentes. Reclamam do chefe, da empresa, do salário, do governo, dois pais, dos filhos, dos namorados, dos maridos, esposas etc. Reclamam que não conseguem atingir alguns objetivos e, muitas vezes, se acham merecedores de algo mais. Acham que não estão tendo tudo o que merecem. É impressionante a convicção de algumas pessoas sobre o seu nível de merecimento. Como se a vida estivesse sempre em débito com eles.

Entretanto, quando sento para analisar um caso com mais profundidade, chego à conclusão, invariavelmente, que a pessoa quer fazer um omelete sem quebrar os ovos. Esta lacuna entre o que se espera e o que se faz é, na minha visão, pura falta de coerência. Expectativa alta e atitude mediana.
Creio que todos, em maior ou menor grau, já passaram por isso. Também já me vi neste poço algumas vezes. Mas aprendi, com alguns tombos e algumas decepções, que ser coerente e alinhar a expectativa à ação é o melhor caminho para fazer bons investimentos, colher bons frutos e enxergar melhor as relações de causa e efeito. Nem sempre conseguiremos tudo, mas quando o investimento é proporcional ao desejo, os fracassos são mais raros e normalmente ligados a fatores alheios.

Sendo assim, Oscar Wilde que me perdoe, mas tenho uma frase melhor do que a dele. “Coerência é uma das virtudes dos inteligentes”. Coerência deveria ser tema estudado na escola. Deveria ser pauta de reunião entre pais e filhos, professores e alunos. Coerência é tudo.

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MERITOCRACIA

“O inimigo mais perigoso que você poderá encontrar será sempre você mesmo”. (Friedrich Nietzsche)

Caro leitor,

Como segundo pano de fundo para as discussões sobre carreira, sucesso e competências que teremos neste espaço, quero tocar em um assunto bastante intrigante. Talvez até um pouco mais do que o tratado no artigo anterior. hoje quero discutir e opinar sobre uma das perguntas que mais ouço quando discuto o tema “Carreira e sucesso” com as pessoas. Por que uns chegam lá e outros não?

O que você acha? Por que uns chegam lá e outros não?

Entender claramente o que está por trás do sucesso das pessoas, independente da sua área de atuação, é a base para que qualquer um acredite ou não que também possa fazê-lo. Sem esta clareza, as adversidades vão sempre falar mais alto, com a intenção de nos convencer de que o topo é um lugar para poucos e predestinados. Quem acredita nisso, apague a luz quando sair. E nem precisa continuar lendo este artigo.

Eu não tenho nenhum tipo de preconceito ou rejeição a nenhuma religião. Conheço a base de várias, respeito todas e tenho a minha. Também não sou contra a sorte. Quando ela me ajuda (raramente), agradeço de joelhos. Mas nunca, nunca mesmo, entreguei o meu futuro profissional ao destino, à sorte ou ao meu Deus. Sei que esta frase é polêmica e pode até incomodar alguns, mas para mim, o futuro das pessoas precisa ser construído pelas pessoas e por ninguém mais. Quando o assunto é carreira, acredito na meritocracia e em nada mais.

Por que acredito nisso? Porque sim. Porque acho que assim as coisas ficam mais fáceis. Trata-se de fé. Creio e ponto. E digo mais. Embora não consiga provar cientificamente, até porque questões ligadas a fé não se provam, prefiro ficar com as estatísticas e com os testemunhos de quem chegou lá.

Em 2006 e 2009 nós conduzimos na ESAMC uma pesquisa com quase uma centena de líderes empresariais, de todos os setores e tipos de empresas. Esta pesquisa tinha como objetivo mapear as competências necessárias para o sucesso como executivo ou empresário. Nela, utilizando a metodologia de entrevista de profundidade, nós pudemos ouvir atentamente o que pessoas que chegaram lá nos disseram sobre “o caminho das pedras”. Sobre o que alguém precisa ter e/ou desenvolver para atingir posições de liderança no mercado. Este foi, sem sombra de dúvidas, um dos maiores aprendizados de toda a minha vida profissional. Nunca ouvi com tanta clareza o caminho para o sucesso ser tratado de forma tão simples, direta e compreensível a qualquer ser humano com mais de dois neurônios.

Por que cito esta pesquisa como o meu pilar de defesa? Simples. Quando quero aprender sobre um determinado assunto, quero ter certeza de que a pessoa que está “falando” dele tenha o que chamo de “Autoridade moral” para tal. É mais ou menos assim. Se você fosse competir nas próximas olimpíadas nos 50 m de natação, com quem você iria querer treinar? Pense. Se pensou no Cesar Cielo, provavelmente você, assim como eu, quer aprender com quem fez e não com quem fala, estudou a vida toda ou escreveu 10 livros sobre o assunto. Com todo respeito aos estudiosos, mas eu prefiro aprender com quem fez. No caso desta pesquisa, falamos com quem chegou lá. A partir dela, passei a ser radical na minha crença em meritocracia.

Eles foram muito, muito claros sobre esta questão. Não houve um relato sequer quem não tivesse o mérito como caminho. As palavras sorte, destino e mão divina praticamente não foram ouvidas. O que se ouvia eram relatos de muito trabalho, dedicação e busca por desenvolvimento de competências e auto-conhecimento. Desta pesquisa saiu a base para o desenvolvimento do modelo pedagógico da ESAMC, 100% baseado no desenvolvimento de competências – técnicas, comportamentais e gerenciais.

O resumo de tudo pode ser dito em uma frase. “No longo prazo, a meritocracia é quem manda”. Em outras palavras, colhemos o que plantamos. E quem diz isso é nada mais nada menos do que quem chegou lá.

Você pode estar se lembrando agora de alguns colegas ou conhecidos que “subiram” não por mérito, mas por outros meios, até mesmo usando a cabeça de alguém como degrau da escada. E deve estar se perguntando. E essas pessoas? Como se encaixam nesse raciocínio? A minha resposta, também baseada no que vi ao longo de toda a minha carreira, é que no curto prazo estas “coisas” podem até funcionar. Mas no médio e longo prazo, não. Aposto com qualquer um que um dia eles vão cair. Pode demorar, mas vão. Porque no longo prazo, é o trabalho sério e as competências que serão premiadas.

Mas, como eu disse desde o começo, trata-se de fé. Acreditar na meritocracia é quase como acreditar em um determinado Deus. É pegar ou largar. Pense e decida.

Bom, se você gostou do artigo, fique a vontade para repassar para seus contatos. Caso tenha dúvidas ou críticas, peço o seu retorno e desde já agradeço. Caso tenha interesse em tópicos específicos sobre os temas carreira e competências, fique também a vontade para me sugerir através dos contatos abaixo.

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quarta-feira, junho 02, 2010

Ambição e Ganância

http://www.esamc.br/conteudo.aspx?idMenu=3

“Ambição constrói. Ganância destrói”. Marcelo Veras

Caro leitor,

Hoje começo a produção de uma série de reflexões e discussões sobre temas ligados a Carreira, Competências e Sucesso.

Confesso que pensei muito sobre qual seria a melhor estrutura e sequência dos tópicos a serem tratados. E decidi que, antes de mais nada, precisamos colocar um pano de fundo em toda e qualquer discussão sobre o tema. Este pano de fundo servirá para que você, ao ler e pensar sobre a sua carreira, a sua vida e o seu futuro, tenha em mente “onde quer chegar e porque quer chegar”. Estou convencido de que grande parte dos insucessos profissionais e pessoais se dão em função da falta de percepção de limite. Muitas pessoas querem simplesmente porque querem. Não conseguem visualizar um sentido para as coisas e não conseguem nunca enxergar um limite para seus desejos e sonhos.

Desta forma, entendo que um bom começo seja discutirmos a diferença entre ambição e ganância.

“Ambição constrói. Ganância destrói”.

O mundo atual é cheio de oportunidades. Nunca, na história da humanidade, se teve tanta oportunidade como nos dias atuais. A mobilidade social hoje é infinitamente maior do que era nas sociedades agrícola e industrial. A nossa chamada “Sociedade da informação” gera milhares de novos ricos todos os dias. O mundo capitalista nos convida todo momento para batalharmos pela geração de riqueza, pela conquista de novos bens e de uma vida melhor. O dinheiro é fundamental hoje para quem quer usufruir de tantas coisas boas disponíveis no mercado.

Não há mal nenhum nisso. É absolutamente legítimo querer ter sucesso, querer ganhar mais, querer comprar mais. Ninguém deve ter vergonha de querer mais e melhor. Isso vale não somente para a questão financeira, mas também para todos os demais aspectos da vida, inclusive nos relacionamentos com outras pessoas. Todos nós temos o direito de querer evoluir.

Este desejo intenso de alcançar um determinado objetivo chama-se ambição. Pessoas ambiciosas são pessoas que querem mais. Querem crescer. Enxergam um passo a mais. Batalham por mais. São inquietas com o status atual das coisas. Esta característica, embora às vezes interpretada erroneamente, é uma das qualidades mais desejadas hoje no mercado de trabalho. O nível de competitividade atual não permite mais nenhum tipo de acomodação de pessoas e empresas. E quem tem ambição, aliada às competências necessárias para executar projetos relevantes, sai na frente e se destaca.

Portanto a ambição, no seu sentido mais genuíno, é uma característica boa e comum aos vencedores. O problema acontece quando a ambição cruza a fronteira mais perigosa na sua jornada, a fronteira da ganância.

De uma forma simples, a ganância é a perda do controle sobre os desejos. Acontece quando nós não enxergamos mais o fim. Quando tudo vira um estado inicial, mesmo que tenha sido colocado como linha de chegada no início. As pessoas gananciosas cortam do seu vocabulário a palavra “Objetivo”. Elas não têm mais objetivos claros, mensuráveis, orientados no tempo e suficientes. Nada mais é suficiente. Tudo vira pouco.

Quando isso acontece, a estrada do fracasso começa a ser percorrida. E poucos enxergam que acabaram de entrar nela. A ganância invade a cabeça de tal forma que a pessoa embarca nesse caminho sem volta e não sai mais. É como se fosse uma droga. Tira a lucidez. Tirar a percepção de ética. Elimina a capacidade de perceber e respeitar o outro e a sociedade. Normalmente, quando a ganância comanda a cabeça, as pessoas são capazes de tudo para terem mais, mesmo sem ter a menor noção do que fazer com aquilo. Até a hora do tombo, de testa no chão.

Eu não sou a melhor pessoa para aconselhar ninguém sobre nada, mas este assunto me intriga há muito tempo. Ao longo da minha carreira e nas 7 empresas pelas quais já passei, vi muito. Assisti muitas coisas e muitas quedas por este motivo. E confesso que isso me dá medo. Como qualquer ser humano, limitado e sujeito a todas as mazelas da vida, digo que o meu maior medo hoje é o de perder o controle sobre os meus desejos. Eu não quero cair nunca nessa armadilha. E me concentro muito nisso.

De tudo que já li sobre o assunto, compartilho com você algumas dicas de como ficar longe da ganância. Pense e veja se funciona com você.

1 – Estabeleça objetivos para cada “projeto”. E quando alcançar, pare!. Comemore. Diga em alto e bom tom que o final chegou. Que a linha de chegada está ali. Se achar que dá para ir mais longe, inicie um novo projeto, com um novo objetivo. E pare quando alcançar de novo. Comemore. Nunca emende um no outro como se fosse o mesmo, sem linha de chegada.

2 – Ao estabelecer um objetivo, concentre-se no “porquê”. Pergunte-se “n” vezes . Por que eu quero isso? Pra que? O que vou fazer com isso?. Se o objetivo envolve dinheiro, tenha claro o que vai fazer com ele. Dinheiro por dinheiro não tem sentido. O dinheiro é um meio e não um fim. Se objetivo é ser mais feliz num relacionamento pessoal (amizade, namoro ou casamento), pergunte-se por que. Pra que.

3 – Tenha clareza sobre o que você tem hoje. É muito comum perdermos a noção do que temos e colocarmos tudo na vala comum, mesmo que tenhamos um tesouro nas mãos. Há vários ditados por aí que tratam disso. “Nós só damos valor quando perdemos”. “Olhe para o lado e veja que tem muita gente pior do que você. Valorize o que tem”. E por aí vai. Eu não gosto muito de ditados, mas estes cabem aqui. Pare e veja o que você tem, o que conquistou. Analise como você estava há um tempo atrás ou quando começou a carreira e liste as suas conquistas. Olhe para quem está ao seu lado (amigo(a), namorado(a), esposo(a) e liste as suas qualidades). Ou seja, não perca a noção de “onde está”. Perder isso é dar o primeiro passo na estrada da ganância.

Na minha visão, este assunto merece muita reflexão. Quem tem controle sobre os seus desejos consegue ir mais longe. Pense nisso!

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terça-feira, junho 01, 2010

A Importância das Tendências

 Perceber os Consumidores
• Os consumidores são incrivelmente poderosos e têm um impacto massivo na sociedade e, por consequente, nos negócios. O que os consumidores fazem, como se comportam e como afectam afectam não só o negócio mas a sociedade no seu todo
• São a base do comércio; sem ninguém para comprar, não há venda possível
• “Há uma definição válida para o propósito do negócio: criar um consumidor” (Peter DuDrucker)
• As empresas estão constantemente a tentar adivinhar o gosto dos consumidores para irem ao encontro das suas necessidades. Para acompanhar as suas mudanças das necessidades, as empresas estão constantemente uma série de produtos
• Estudos: apenas 56% de 11 mil novos produtos lançados por 77 empresas diferentes continuam no mercado 5 anos depois; 83% de novos produtos falharam nos seus objectivos de marketing
• Produtos e serviços falham por várias razões: design, comercialização e financiamento. Além disto, as falhas mais comuns focam-se directamente nos consumidores: falta de necessidade; não estão preparados para o aceitar; demasiado antiquado para eles
• Para evitar estas falhas, é necessário compreender as necessidades dos consumidores e como essas mesmas necessidades estão a mudar. As empresas podem reduzir drasticamente a reprovação de serviços, produtos e campanhas com um simples planeamento que tenha a ver com o pensamento e comportamentos dos consumidores quando esses forem lançados
• Conclusão: predizer as atitudes e comportamentos dos consumidores faz parte da estratégia de negócio

Perceber a Mudança
• Poderia ser fácil se os comportamentos e atitudes se mantivessem. Contudo, essa não é a realidade dada a mudança nos consumidores – padrões de consumo, drivers, o que querem, quando e onde o querem, de que modo querem a sua presença...
• Empresas têm de reconhecer essas mudanças. Quando os consumidores mudam, influencia o que e como compram. Se for um número significativo, resulta numa revisão obrigatória do marketing e da estratégia de desenvolvimento. Se isso não acontecer, perdem. Se acontecer, mas de forma lenta em relação à concorrência, perdem quota de mercado
• A mudança do consumidor é um driver social e económico. Tem efeito em cada sector e em cada nação. Tem um impacto enorme no lucro, estratégias e estrutura das marcas, produtos e mesmo indústrias

Perceber as Tendências
• Diferentes coisas para diferentes pessoas em diferentes contextos – um movimento, uma direcção; uma inclinação; um estilo actual ou uma preferência; um movimento ao lado do tempo de uma mudança detectada

Tendências dos Consumidores
• Objectivo do CoolHunter: prever as tendências dos consumidores. Serão estas tendências que irão conduzir a uma estratégia e que farão diferença entre lucro e prejuízo. É uma mudança nas atitudes e nos comportamentos dos consumidores
• Prever o que os consumidores vão fazer ou pensar amanhã e como utilizar essa previsão na estratégia organizacional
• “Como é que os comportamentos estão a mudar?”; “Como é que as atitudes dos consumidores estão a mudar?”
• Interessam ainda as mudanças resultantes (serem profundas e que se prolongam) – assim tendência é: mudança duradoura nas atitudes e comportamentos dos consumidores
• Interessa ainda se a tendência proporciona um retorno, se não gerar lucro, não interessa – assim tendência é: mudança duradoura nas atitudes e comportamentos dos consumidores que oferece oportunidades de negócio

Do Livro: The Next Big Thing. William Highmam, 2009

Inovação Empresarial no século XXI

A Inovação é considerada o processo mais antigo enquanto extensão da criatividade humana. Ao longo da História, é possível observar diversos exemplos de que a inovação faz parte da experiência humana desde os seus primórdios.

O século XVI caracteriza-se pelo grande desenvolvimento de descobertas científicas, que contribuíram de forma bastante acentuada para a identificação dos fenómenos naturais, como as descobertas de Galileu, Newton, Edison, Ford e Einstein, que impulsionaram e fundaram outras grandes descobertas e inovações empresariais. Assim, é possível observar a relação entre a ciência e a arte ao longo da História, caminhando a par e passo e chegando mesmo a depender uma da outra. Ambas resultando na produção de conhecimento.

Os finais do século XVIII e inícios do século XIX ficaram marcados por um grande conjunto de inovações de extrema relevância para o desenvolvimento do conhecimento do Homem, que influenciaram toda a sua experiência e ajudaram a melhorar o seu nível de vida, desde os transportes às telecomunicações. Estas grandes descobertas fundamentaram-se essencialmente a partir dos trabalhos de Einstein e Edison, dois grandes nomes que contribuíram para a compreensão da dimensão do universo, do tempo, do espaço e para o desenvolvimento da indústria electrónica, bem como para a compreensão da teoria da inovação e da metodologia de desenvolvimento de soluções. Alguns especialistas consideram este período como o “renascimento da inovação”, baseado na criação de um sistema que previa o registo de patentes e marcas, no sentido de respeitar o conhecimento intelectual e por sua vez amadurecer a compreensão do processo de inovação. No entanto, foi no século XX, que essas descobertas se começaram a comercializar, sobretudo descobertas no campo da física, nos sistemas de produção em massa, nas telecomunicações, na fotografia, na televisão, entre outras.

Foi a partir da década de 80 do século XIX até ao final do século XX que se deu início a uma nova era – a era da informação. Esta altura era caracterizada essencialmente pelo nível crescente e elevado da técnica, da informação, da ciência, da arte e da linguagem, o que facilitava o aceleramento da inovação e por conseguinte a optimização do desempenho e do sucesso empresarial. Esta identificação interactiva dos efeitos e dos conhecimentos do universo permitiram a criação de novos conhecimentos e consequentemente o desenvolvimento de novas soluções que visem a melhoria do nível de vida das pessoas.
Do século XX ao XXI, verificou-se uma descentralização do processo de aquisição do conhecimento, sendo que a inovação deixou de ser característica das grandes empresas com grandes recursos de investigação e desenvolvimento e passou a ser caracterizada pela fragmentação de informação, criando um processo de outsourcing impulsionado pela Internet – inovação aberta.

Nas últimas duas décadas, foi possível verificar uma difusão crescente da informação, criando uma inteligência empresarial, o que possibilita potenciais novas descobertas. Com a massificação da informação, a inovação tornou-se uma experiência contínua baseada num processo estrutural e previsível, e deve ser tida em conta de forma constante nas organizações, impulsionando o seu desenvolvimento rentável.
No decorrer do tempo e de acordo com o desenvolvimento social, tem-se verificado uma tendência de transformar os desejos de “mais e melhor” em necessidades. Este crescimento da sociedade e a crescente acumulação de bens conduziram a um aumento acentuado da concorrência e da descoberta, o que poderá ter suscitado sentimentos de renovação e concorrência e de forma quase imperativa a necessidade de inovar. Como resposta a esta necessidade são hoje muitos os países que adoptam políticas nacionais no que concerne à inovação, traduzidas em critérios que vão desde o estado da inovação às infra-estruturas necessárias para atingir os resultados pretendidos.

A OCDE (Organização de Cooperação e Desenvolvimento Económicos), conjunto de 30 países representados por governos democráticos e economias de mercado, é um exemplo desta aplicação. A Organização desenvolve no seu interior políticas de inovação e fornece as orientações que servirão de base para os estudos, pesquisas e benchmarking dos Estados-membros. Outro exemplo, no ano de 2000, o Conselho Europeu de Lisboa criou o SIE (Sistema Europeu de Inovação), visando apoiar a União Europeia através da criação de uma economia mais competitiva e fundada no conhecimento. Outros países como a China e o Irão estão igualmente a apostar na exploração dos sectores emergentes como as redes petrolíferas e o desenvolvimento da alta tecnologia, com vista à redução do nível de dependência do exterior e consequente melhoria da qualidade de vida dos seus cidadãos. Nos E.U.A. e na Índia promove-se a criação de organizações que ajudem a compreender os modelos de inovação. Uma forma de centralizar e envolver o conhecimento intelectual de todos é, segundo o professor Michael Porter, da Universidade de Harvard, a criação de um “cluster”, ou seja, um grupo de empresas concorrentes e cooperantes que esteja concentrado geograficamente, como Silicon Valley, no entanto, acrescenta, que não existe ainda uma prova de que esta relação entre o cluster e a inovação possa ser causal mas poderá facilitar e estimular a observação da relação dos recursos estratégicos e o desenvolvimento económico regional.

Apesar das inúmeras metodologias aplicadas à área da inovação, é fundamental desenvolver ferramentas, práticas e enquadramentos que estimulem de forma progressiva o pensamento inovador, tendo em conta que deve basear-se num processo contínuo, intencional e previsível. Geralmente, uma pessoa que detenha mais experiência consegue produzir um pensamento mais célere e estabelecer uma correspondência de informação mais rápida e eficaz. Esta aceleração do pensamento é um catalisador essencial para a criação e estímulo da optimização do valor da inovação.

Fonte:
Gupta, P. (2009). Inovação empresarial no século XXI - versão executiva. Porto: Vida Económica - Editorial, SA.

Future Files: The 5 trends that will shape the next 50 years

As pessoas reagem e memorizam de forma mais eficaz quando a informação é transmitida a partir de imagens – memória visual – a um curto espaço de tempo. Para tal, Richard Watson apresenta em forma de mapa, baseado nas linhas do metro de Londres, as cinco tendências mais significativas no que concerne à mudança global, que irão emergir nos próximos 50 anos.

No entanto, é difícil estabelecer de forma precisa apenas cinco tendências, dada a diversificação sucessiva do tecido industrial, das culturas e das histórias regionais que despertam diferentes níveis de oportunidades. Ainda assim, é mais exequível fazer uma previsão de um futuro mais distante, de modo a poder evitar incorrecções, através da observação do período de mudança e de transformação dos hábitos e comportamentos das sociedades.

As cinco tendências que o autor defende para os próximos 50 anos e que apresentam um impacto global, independentemente da localização são: o envelhecimento, a conectividade global, as tecnologias GRIN (Genética, Robótica, Internet e Nanotecnologia), o ambiente, e o poder de mudança do Este.