Falam falam...
(Cliquem na imagem)
Ficou este título conhecido por uma campanha de crédito habitação realizada há dois anos pelo Montepio que, através do Gato Fedorento, passava a mensagem de que nos outros bancos falavam muito e faziam pouco, coisa que no Montepio não era verdade.
Este item deu o mote para uma reflexão sobre o facto de muitas vezes sermos pouco pragmáticos na forma como montamos o nosso discurso.
Aqui fica um exemplo: Um qualquer Sr. Dr. solicita ao seu director de comunicação um texto para um discurso de um também qualquer evento. Como desconhecia as intenções da oratória o autor resolveu fazê-lo da forma mais abrangente possível, permitindo que o seu chefe lhe desse o uso mais adequado. Como vão poder constatar o texto permite falar muito sem nada dizer.
Pode-se conjugar qualquer expressão de uma linha listada na primeira coluna com qualquer outra da segunda e terceira respectivamente. As variações possíveis são cerca de dez mil e permitem falar ininterruptamente por várias horas.
De facto, o que parece fácil na prática requer muitas horas de treino, mas não falta quem domine a técnica de forma apurada. Este é um exemplo elevado ao extremo, no entanto não deixa de ser interessante o resultado final. Como se pode constatar, com planeamento e um discurso estruturado é possível falar durante horas sem dizer nada.
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