quinta-feira, março 03, 2011

Risco

“A estrada rumo ao sucesso tem buracos. E os tombos são inevitáveis”.
Quero começar este artigo dizendo que ele é uma continuação do artigo 17, que aborda a competência comportamental Empreendedorismo. Caso não o tenha lido, por favor, faça isso antes de continuar. Ele está disponível no link: www.esamc.br/artigos.

Relembro aqui a sua definição e os seus atributos: Definição:
“Capacidade de visualizar oportunidades, calcular e assumir riscos, e implantar planos e projetos que gerem valor”.
Atributos: - Capacidade de visualizar oportunidades; - Competência para calcular o risco desta oportunidade e coragem para assumi-lo; - Capacidade de elaborar um plano para aproveitar esta oportunidade; - Capacidade de implantar o plano criado.

No artigo anterior eu deixei como proposta uma atividade para o desenvolvimento do primeiro atributo. Se você está colocando em prática o exercício dos 90 dias com o caderno de oportunidades, deve estar começando a enxergar que o nosso poder de colocar a nossa mente voltada para a busca de oportunidades é incrível. E hoje quero deixar mais um grande desafio para você, que quer crescer profissionalmente e conquistar uma posição de destaque no mercado.

Hoje eu quero explorar o atributo número 2 - A capacidade de calcular e aceitar riscos. Este atributo é, dentre todos, o que mais impede a maioria das pessoas de assumir uma atitude empreendedora. E isso acontece por uma razão muito simples. A mente humana não foi “desenhada” para o risco. Flertar com o risco não é uma atitude que vem de fábrica na maioria dos seres “normais”. O ser humano quer segurança, conforto, previsibilidade. Tudo, menos a incerteza, a insegurança, o medo de levar um tombo. Apenas isso já faz com que o risco seja uma coisa vista com ressalvas, quando se fala em mudanças muito radicais na nossa vida e na nossa postura profissional. Veja o crescimento da demanda por concursos públicos. Eu chutaria que nove em cada dez candidatos escolhem a carreira pública em função da segurança, da estabilidade e da garantia do salário vitalício.
Não há nada de errado em se buscar estabilidade e segurança. Porém, existe uma lei maior que diz que “quanto maior o risco, maior o retorno”. Isso vale para várias dimensões da vida, mas é mais evidente no mundo financeiro. Ou seja, quem quer dar saltos mais altos, terá que correr mais riscos. E, quem corre mais riscos, leva mais tombos. Faz sentido? É estatística pura.
Se não faz sentido, deixo aqui uma proposta para você. Procure dez pessoas de sucesso que você admire e tenha acesso e faça a seguinte pergunta para todas: - Você já levou algum tombo na sua trajetória até aqui? Você vai se surpreender com as respostas. E arrisco-me a dizer que, quem responder “não”, tem grande chance de estar mentindo. Isso mesmo, por mais incrível que pareça para alguns, tombos fazem mais parte de vida das pessoas de sucesso do que imaginamos. Leia biografias de pessoas de sucesso e comprove.

Se pararmos para pensar friamente, nós corremos risco a todo momento e em todos os lugares. O risco faz mais parte da nossa vida do que conseguimos enxergar. Da hora em que entramos no carro à hora em que atravessamos uma rua ou viajamos, o risco está ali nos paquerando. Basta dar mole e ele chega junto. Assim é a vida. Cheia de oportunidades e cheia de riscos. A diferença é que algumas pessoas entendem, aceitam e aprendem a calcular e conviver com o risco e outras fingem que ele não existe, e levam uma vida numa pseudo-segurança e sem grandes saltos de carreira e na vida.
Eu tenho recomendado a todos com quem tenho a oportunidade de falar sobre este assunto, que, independente da sua história de vida, dos seus medos e das suas inseguranças, aprendam a conviver com o risco, pois sem ele a vida, além de muito chata, também fica limitada a conquistas medianas. Tenho defendido fortemente que o risco é um dos ingredientes do sucesso. E mais, existe uma forma não tão dolorosa de se aprender a calcular conviver com ele.

Para se “calcular” o risco de uma oportunidade, basta Imaginar o cenário mais pessimista e contabilizar o que vai acontecer neste cenário. Se você pensa em investir uma grana em um novo negócio e der tudo errado, o risco está calculado. O dinheiro, ou parte dele, vai virar pó. Se você for implantar uma idéia de um novo produto na sua empresa, que vai custar uma fortuna em desenvolvimento e lançamento e ele for um fracasso, o risco está calculado. Você poderá perder o seu emprego. Simples. Faça este exercício várias vezes, com várias idéias que você tenha na cabeça e imagine os cenários. Você verá que não é difícil se calcular os riscos de oportunidades. Com um pouco de prática e ajuda de alguém experiente nisso, você fica craque logo. E não pense que porque eu citei estes dois casos extremos, você precisa correr este nível de risco todo santo dia. Não. Na corrida rumo ao sucesso, existem também pequenos tombos, que nos ensinam muito e deixam, no máximo, uma pequena cicatriz.
Se você quer entrar um pouco mais a fundo neste assunto e experimentar um pouco de risco, existem algumas atividades que podem gerar sensação de risco alta, com risco real baixo. Alguns exemplos: - Esportes radicais: Existem esportes que vão gerar risco real muito baixo (obviamente se a empresa for profissional), mas que vão gerar uma sensação incrível. O rapel é um exemplo. Há vários outros. Tente um dia. É uma experiência marcante.

- Investimentos financeiros: A bolsa de valores é um bom exemplo. Com um capital pequeno, que possa virar pó sem causar nenhum grande transtorno na sua vida, você pode sentir o que é arriscar e especular com papéis de empresas que podem te dar uma bela surpresa ou terem suas ações despencando no mercado. No site da BOVESPA você pode até fazer simulação com moeda virtual, sem perder nada.

Fico com estes dois por serem bem simples e intuitivos. Mas no seu próprio ambiente de trabalho você pode arriscar mais em alguns projetos menos relevantes de forma a experimentar idéias novas e mais ousadas. Se der errado, a empresa nem vai sentir. E fica mais uma experiência de contato com o risco.
Pense nisso durante as próximas semanas. No mínimo, se você acreditava que as pessoas de sucesso nunca levaram um tombo na vida, esqueça. Até a próxima!

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Marcelo Veras Vice-Presidente Acadêmico - ESAMC www.esamc.br
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