Equipas de alto rendimento? - Formação
Uma empresa é como equipa.
É formada por pessoas, tem uma estratégia, um conjunto de objectivos e determinados argumentos/ferramentas para os atingir. Tem um conjunto de jogadores, uns mais titulares que outros, uma equipa de apoio (técnico, físico, psicológico, imagem, etc.) e uma equipa de líderes com o seu treinador à cabeça.
Quando entra em campo, qualquer equipa tem de dar o seu melhor. Mas não chega apenas esforço e empenho. Há que reflectir, em campo, todo o resultado dos treinos, dos automatismos, dos ensaios, dos testes e do sem número de tentativas que se faz até se poder, com segurança, afirmar que se está pronto para enfrentar a equipa adversária.
Só os melhores jogadores, mais bem preparados, mais capazes e mais empenhados numa evolução constante das suas carreiras podem sonhar chegar mais longe, carregar as suas equipas e ser referência de gerações. Só os melhores vencem.
Para se um jogador de primeira linha, formação contínua, empenho, talento e, claro, alguma sorte, são fundamentais. As equipa de sucesso fazem-se de jogadores de sucesso, porque as equipas são jogadores e os jogadores são pessoas.
Se assim é nos jogos, seja em que tipo de desporto for, nas empresas esta verdade é ainda mais inquestionável. São as pessoas que fazem as empresas e os seus resultados. E as melhores pessoas, vulgo, os colaboradores fundamentais são aqueles que, tal como o jogador, estão em constante movimento, na busca da perfeição, da modernização e da formação contínua.
Cada vez mais a formação ao longo da vida assume relevância capital na capacidade de evolução de cada um de nós como pessoas e profissionais. Formação, formação, formação. Cada vez mais presente, obrigatória e crítica no sucesso das empresas e dos seus profissionais.
1 Comments:
Boas
Vim aqui dar por acaso, mas... não posso resistir a deixar este comentário: um dos maiores desperdícios actuais, que vem de há muitos anos e que está aí para durar mais uns quantos, é o dinheiro, as fortunas gastas em formação.
O Luis tem toda a razão, contudo. O problema está no que diz a "M": a formação tornou-se um objecto de apropriação de dinheiro, e não de criação de valor (via melhoria ou construção de competências).
Chega a ser impressionante, não estão de acordo? Agora mesmo, nesta "crise", é incrível aquilo que se passa! Exemplos? Aqui vai um, para começar: Uma empresa multinacional que vai parar a produção durante um mês na sua unidade em Portugal. Vai aproveitar para dar formação ao seu pessoal (60 pessoas). O Estado vai financiar. A empresa contacta um intermediário (serviços de formação profissional). O intermediário contrata um formador às 18h da sexta-feira anterior à segunda-feira em que, às 8h da manhã, começa a formação. O formador não sabe quais os assuntos concretos, só sabe que foi escolhido porque confiam muito nele. Vai haver uma reunião na 2ª-feira a meio da manhã para definir que conteúdos deve ter a formação (que já terá começado às 8h).
Ou seja: a empresa recebe ajudas do Estado + o intermediário recebe da empresa, via Estado + o formador recebe do intermediário, e...
Pergunto: aquelas 60 pessoas, nas 25 horas de formação sobre algo que nem a empresa nem o intermediário nem o formador ainda sabem sobre o que é, vão melhorar que competências?
Enfim...
P.S.: desculpem a invasão do blog para este desabafo tão negro, mas... assim não dá, assim a formação é apenas retórica, por muito conscientes que possamos estar do seu verdadeiro papel.
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