Lisboa - Cool City Hunt Project - Trabalho Alunos INP 1º e 2º Anos RPP e aberto a todos
Aconteceu no passado dia 30 de Outubro no Museu das Comunicações, no evento de lançamento da revista Direct Arts, a palestra do Professor Carl Rohde sobre 4 Leading Trends.
Resumo da apresentação em: http://www.etic.pt/CoolCityHuntPresentation.pdf
Foi perante cerca de 350 pessoas apresentado o Projecto Lisbon Cool City Hunt onde se pretende transformar Lisboa numa das cidades mais Cool do mundo, através da identificação de movimentos Cool que possam servir de exemplo à rede mundial Science of the Time.Foi focado que a Experience Economy, a Web 2.0/Give me Interactive Kicks, as Cool Females e os Cool Males serão Trends dominantes.
http://www.scienceofthetime.com
SOBRE COOLHUNTING
Os estudantes têm de caçar tudo o que eles pensam que é “cool”. A definição do Science of the Time de “cool” é “atraente e inspirador com potencial de crescimento futuro”. Não é sobre os produtos, mas sobre a mentalidade por trás deles. Coolhunting procura coisas, produtos, serviços, pessoas, etc. que sejam atraentes e inspiradores com potencial de crescimento futuro. Pode ser tudo, contanto que se consiga explicar porque é que o acha Cool. Ver no site ou especialmente no Top-15 os exemplos para ganhar inspiração.
TENDÊNCIAS “COOL” DE MENTALIDADE
Para dar a esta pesquisa algum sentido, o Lisboa Cool City Hunt centra-se sobre QUATRO tendências:
1. Experiência económica “cool”
As pessoas cada vez mais querem pagam para obter mais (uma história, experiência ou qualquer outra coisa que esteja ligada ao produto mas que não seja a essência/carácter do mesmo). Temos como exemplo o grão de café (como descrito na Experiência Económica por Joe Pine): uma simples chávena de café em casa custa-lhe no máximo 30 cents. Um copo de café no café da esquina (um outro ambiente, feito e servido por outra pessoa) custa 3 euros. Mas sempre há um extremo: as pessoas são gratas a tomar um café (que é de facto comparável com o feito em casa) na Piazza San Marco em Roma e estão dispostas a pagar 30 euros para sentar e beber nesse local que é especial. O valor agregado desse produto é a essência da experiência económica. Nós adoramos o marketing do momento memorável. E frenquentemente podemos pagar por isso.
2. Masculinidades cool
Todos já ouviram falar do metrossexual (termo inventado e introduzido internacionalmente por Mark Simpson): um homem que não tem medo de mostrar seu lado feminino: cuida-se bem (ou até usa maquiagem), ousa encher-se de luxo e mostra as suas emoções: ser vulnerável pode ser muito másculo também! Por outro lado os homens também precisam de momentos para ‘voltar às raízes’. Eles vêem as boas coisas sobre isso, mas também perguntam “onde está o cowboy em mim?”. Toda a imagem, marca, programa televisivo que os ajuda a ligarem-se com seu cowboy interno é apreciado (por exemplo, ‘Jack Ass’, que inspirou vários jovens a criar os seus próprios momentos másculos estilo Jack Ass). O homem moderno está claramente em conflito.
3. Feminilidades cool
Mulheres que oscilam entre o cúmulo da "barbificação" e a afirmação social verdadeira. A emancipação fez com que tudo se tornasse possível para a mulher. Os últimos extremos para acentuar ou apoderar a sua femilidade são ou:
1) gabando-se da sua femilidade (com uma ênfase sexual ou talvez mais do que uma ênfase). Inteligência não é importante, mas sim a aparência (que podem se customizados para atingir a perfeição através da cirurgia plástica): barbificação extrema. Ou
2) usando sua inteligência e força feminina para construir uma carreira ou ser socialmente preocupada e sólida. A geração X de mulheres geralmente diz: O único caminho é para cima. Mas eu não quero ser uma vadia poderosa (o tempo inteiro).
4. Web 2.0 (dê-me interação)
A internet desenvolveu-se de um recurso informativo para uma forma de criar (co-criar) informação em conjunto. É interativo e dá-nos diferentes formas de divulgar as nossas identidades, obter experiências e todos os tipos de conhecimentos. Juntos. Pensem em Sellaband que inovou o conceito previamente estabelecido do negócio de troca de música com fãs, que no fim tem mais poder pelo facto de estarem todos unidos (graças à internet) que uma coorporação do outro lado da mesa. Não há limite para a web 2.0. Tudo é possível. E se não o é, você pode torná-lo possível.
Para todos os exemplos e descrições curtas de tendências de mentalidade veja: http://www.scienceofthetime.com/trends
TAREFA
(trabalho obrigatório para alunos INP 1º e 2º ano licenciatura, recomendável a alunos do Mestrado e aberto a todos os visitantes do blog).
Faça a sua própria CoolHunt agora!
Você tem que identificar e caçar uma coisa cool. Escolha uma tendência (descrito acima) ou uma combinação de mais tendências e encontre para essa(s) tendência(s) o melhor exemplo que descreve o que você considera ser “cool” da melhor forma (tanto encontrado/descrito online, quanto no mundo real, lá fora).
Lembre-se, “cool” é atraente e inspirador, com potencial de crescimento futuro na própria geração. Os exemplos “cool” têm que ilustrar a tendência, e você tem que escrever “porque é que é cool”.
Isso pode ser um parágrafo pequeno, mas sempre tendo claro:
- Com que tendência é que nos estamos a identificar
- Onde é que a encontrou
- Por que é que é Cool
- Por que é que é um bom exemplo do “tema principal” ou da tendência, ou
- Por que é que isso leva a tendência um pouco mais longe
- Com que outras tendências pode relacionar este exemplo
- Ilustre com imagens
- Explique o que é, e por que é “cool”.
O que é ser cool?
Cool = Attractive and Inspiring With Future Growth Potential
2 Comments:
Caro Luís,
Gostei do blog! Voltarei para ler mais vezes!
Abraços,
Nuno Camacho
Bom dia,
O meu nome é Diogo Carreira. Passei por aqui e vi a tarefa proposta. Não sei se o que escrevi é descontextualizado, mas já agora gostaria de ouvir a sua opinião.
Um bom dia de trabalho
Diogo Carreira
Crise
Identificar a crise como uma tendência cool pode ser um pouco absurdo à primeira vista. Mas se entendermos a crise como o conceito, ou se quisermos, a ideia em si, não será assim tão descabido. Ora vejamos, se integrarmos a crise no contexto da tendência cool financeira, podemos ver que as pessoas tendem a pagar mais no meio dos media, por exemplo. Relembremos o ligeiro aumento nos números da APCT, na última vaga, de alguns segmentos. Isto pode significar que o falar muito de crise torna-se como que um incentivo aos consumidores quererem gastar mais nessa área, para se manterem mais informados. Quantos de nós não fomos incentivados a consumir mais produtos de média devido à crise? Podemos considerar atractivo? Talvez. Ora vejamos, é notícia actual que vários comerciantes vão começar a realizar descontos (saldos) antes do Natal. Ou seja, falar de crise, criar-se esse ambiente, alegando que a crise chegou à economia real, foi atractivo para uma busca de maiores rendimentos/lucros. Lembremos que esta atracção (mais que não seja ao medo e ao sentimento de insegurança) levou a que se fizessem estudos sobre a descida de um potencial consumo dos portugueses no Natal! Ora vejamos, o que não é mais atractivo e inspirador (mesmo que para um sentido mais negativo) do que um estudo que leva a afirmar que a época natalícia vai ser menos produtiva e, consequentemente, leva a que os comerciantes baixem os preços mesmo antes de os consumidores terem tempo de ir às lojas?
O acto de falar de crise tornou-se cool. Quantos jornais norte americanos se lançaram nas bancas com a mesma foto (sobre crise)? Falar de crise tornou-se inspirador, também, para se explicar maus resultados. Não será correcto dizer que os últimos (e negativos) resultados da Impresa são unicamente devido à crise. A verdade é que esse mesmo grupo vai adoptar uma política de rescisão de contractos dentro da SIC. Falar de crise passou da imprensa para os cafés e para o nosso dia a dia. Mas quão cool será falar desta crise, quando formos a ver as viagens esgotadas para o Brasil? E os hóteis no Algarve cheios? É atractivo falar dela, nem que seja para criarmos um desafio a nós próprios e desafiarmos a nossa bolsa para voos mais altos. Por fim, será que a crise tem potencial futuro? Talvez. Sabemos que estes períodos são cíclicos. Voltam sempre. Por agora os analistas falam de que é difícil prever quando irá acabar, mas já há quem fale que não durará muito. No entanto, a crise coexiste com o lançamento do quinto canal, a construção de um novo jornal e com a conversa em fóruns de rádios de televisão sobre “será que há espaço para novas forças políticas”? Falar de crise é, até certo ponto, atractivo, inspirador e com grande potencial.
Aliás, falar de crise não é um acto isolado. Falar dos preços da gasolina é outro assunto que esteve em tempos na moda. Não que com isto se queira dizer que não existe razão para haver as queixas. Mas quando se falou do aumento do preço da gasolina, quantas outras situações não foram justificadas dessa mesma forma? Prova desse incentivo é o facto de, actualmente, os preços não estarem a descer ao mesmo tempo… ora vejamos se alguém mexeu no preço do pão, tão justificado pelo aumento dos combustíveis….
A crise pode ser algo que nos vai seguir e prejudicar nos próximos tempos mas, não podemos negar, que falar dela é uma tendência cool, atractiva, inspiradora e que terá, com certeza, potencial futuro.
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