domingo, fevereiro 25, 2007

Introdução ao Marketing - parte 2

O que é então o Marketing?

A essência do marketing é o processo de troca.

A forma de comercialização moderna, não consiste apenas na transferência de produtos entre produtor e consumidor.

Hoje em dia o produtor considera o consumidor como ponto de partida de todo o processo. É o Marketing!

Na verdade, a disciplina do Marketing, tal como hoje a conhecemos, não nasceu de um dia para o outro, tendo passado por uma evolução clara, onde se podem distinguir três grandes fases históricas.

Fases do Marketing: São elas:

• Fase da Produção;
• Fase de Vendas;
• Fase do Marketing.

Fase da Produção (Anos 20);

Os anos 20 verificaram um importante avanço comercial, especialmente no mercado Norte-Americano.

As capacidades produtivas do país encontravam-se mais desenvolvidas que em qualquer outra altura, vivendo-se um clima de prosperidade que parecia não mais vir a acabar.

A procura era muito superior à oferta e as empresas encontravam um mercado ávido por novidades, que absorvia toda a produção. Deu-se nesta fase o início da produção industrial em massa, tendo como principal característica a existência de produtos indiferenciados, onde o consumidor era apenas a forma de escoar o produto.

Dentro do nosso contexto, parece-nos um pouco estranho a inexistência de preocupação com a excessiva standartização do produto e com o facto de se ignorar completamente o consumidor. No entanto, percebe-se o seu sucesso.

Os preços eram baixos, na medida em que a produção massiva e em série permitiu que os custos fossem igualmente muito baixos, ou seja, que estes fossem diluídos.

Não existia concorrência real e os consumidores estavam ávidos por este novo produto, bastando para tal deter o dinheiro disponível para a aquisição. Não existia realmente necessidade de inovar, de diferenciar o produto. Tudo o que era produzido era imediatamente adquirido pelos consumidores.


Fase das Vendas (Anos 30-50);

Nesta fase começam-se a verificar os primeiros sinais de que a procura não estava a absorver toda a produção. A oferta era já muito abrangente. Muitas das empresas produziam já modelos concorrentes e em série.

Os consumidores, por seu lado, possuíam um menor poder de compra, em consequência da Grande Guerra, pelo que eram cada vez mais selectivos.

Estas duas situações conjugadas levaram à ineficácia no escoamento de produtos. Os stocks começaram a aumentar e deu-se início à fase das vendas. Aqui, o fundamental era vender a “qualquer custo”.

As empresas começaram a preocupar-se em aliciar os consumidores para os seus produtos, centrando-se nas vendas.

O preço dos produtos era determinante pelo que se verificava a preocupação deste ser competitivo, surgindo nesta fase o conceito de “valor acrescentado”.


Fase do Marketing (Pós 50)

O fim da Segunda Grande Guerra, o crescimento industrial, o regresso das tropas, o aumento da taxa de natalidade e o panorama industrial, económico e social optimista verificado no início da década de 50 levaram a um aumento da produção e do consumo sem precedentes.

Os Estados Unidos da América viviam uma fase de ouro, o poder de compra era elevado assim como as capacidades produtivas necessárias a saciar o desejo da procura. No entanto, rapidamente se chegou a uma fase em que a oferta era excedentária pelo que as vendas eram inconstantes e incoerentes.

Os produtores chegaram à conclusão que não bastava pôr os produtos no mercado para estes serem adquiridos.

A concorrência era demasiado forte e como tal os consumidores tinham uma grande variedade de escolha.

Nasce, assim, a necessidade de prestar mais atenção ao cliente, ao que ele deseja, às suas necessidades.

Nasce, assim, o Marketing.

1 Comments:

Blogger Fernanda said...

Olá, você poderia me ajudar com exemplos de empresas atuais que ainda estão nas fases de produção, vendas e na era do marketing?

Fico muito grata!


Att,
Fernanda

8:33 da tarde  

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