quarta-feira, outubro 25, 2006

Marketing Tribal

O marketing tribal surge com o intuito de fortalecer os laços existentes com o consumidor. O consumo torna-se agora algo de especial, com um cunho acima de tudo, emocional. O marketing tribal preocupa-se então em explorar o lado sentimental/emocional dos seus clientes ao invés do lado racional até agora mais utilizado e motivo de interesse.

Preocupa-se em analisar a personalidade, as motivações, os sentimentos da sua tribo ou público-alvo, acima de tudo a personalizar cada vez mais os seus produtos/serviços em prol da sua tribo. É de notar que neste caso específico (de marketing tribal), que os critérios sócio-demográficos passem para segundo plano, e que os critérios psico-gráficos sejam o motivo de maior incidência e estudo.

O marketing tribal aposta na vertente do consumo sagrado em oposição ao consumo mundano pois vivemos numa época em que as necessidades básicas se encontram minimamente satisfeitas, dando assim espaço a que as necessidades secundárias tomem poder, daí se tornar um consumo restrito, personalizado, como se dum ritual se tratasse.

Com esta nova aproximação ao consumidor, as marcas conseguem interagir de uma forma eficaz com o seu público-alvo criando laços emocionais.
As marcas de sucesso são aquelas que conseguem essa interacção com os clientes, passando a fazer parte da sua rotina diária.

Como exemplo, no nosso país todos estamos a par da paixão/ligação existente pelo futebol e seus respectivos clubes. Pois a Galp (Gasolineira Portuguesa) depois de ter criado o CartãoFast (cartão que á medida que se fazem despesas na Galp acumula uma série de pontos que depois poderão ser trocados por uma panóplia de prémios/artigos) que com todas as suas vantagens tem feito sucesso na nossa sociedade, decidiu no entanto, apelar ao sentimento e afunilar as emoções. Dirigindo-se estrategicamente a um público-alvo, e tendo em vista melhorar os seus produtos/serviços criaram então os cartões Fast Foot Fan para os três clubes mais conhecidos a nível nacional. Estes cartões permitem ao cliente um acesso privilegiado a jogos da 1ª Liga e das Competições Europeias, prémios exclusivos do seu clube predilecto e ainda descontos em inscrições em escolas de futebol etc.

O seu artigo promocional, nem a propósito das emoções atrás comentadas, começa da seguinte forma: “No mundo Fast as suas emoções entram sempre em campo, tal como no futebol”. O que será isto, senão uma aproximação afunilada aos seus clientes tendo em conta os seus rituais, paixões, coleccionismo e valor de ligação do cliente.

Não existe melhor maneira de atingir o público-alvo senão aquela que passa directamente pelos seus valores emocionais.

Escrito em Co-Autoria com a minha Aluna Piaget Lurdes Quaresma Lobato

2 Comments:

Blogger Rute said...

E eventualmente através dessa ligação emocional marca-cliente, criar um canal de comunicação bilateral onde também a marca seja alvo das necessidades do cliente.
É que na actividade de se pescarem emoções, nunca se sabe o que vem na rede.
Acredito que qualquer estudo nesse sentido revele aspectos emocionais mais profundos , e é neles que uma marca consciente e actual tem a obrigação de actuar.

8:29 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Olá, Luis,
Sobre marketing tribal ligado às eleições, fiz um post e gostaria da sua visita e comentário: http://mlonlinegeneration.wordpress.com/2008/11/24/marketing-tribal/.

Abraços,
Stelleo Tolda
WWW.mercadolivre.com.br/mlog

11:48 da manhã  

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