Time for a Kit Kat?
Estive recentemente como orador convidado no Encontro Nacional dos Estudantes de Marketing e Comunicação, aqui focado neste blog.
Tive o privilégio (mais uma vez) de ter estado diante de uma fantástica audiência, falando ao lado de um fantástico orador e amigo (Carlos Coelho). A certa altura da intervenção do Carlos ele referiu-se a algo que me deixou a pensar. Dizia ele "não vos vim aqui ensinar nada. Apenas vos ajudo a pensar. Aliás acho que vou deixar de dar conferências pois aquilo que vos vou falando não é novo e corro o risco de me tornar repetitivo..." - mais ou menos isto.
Este tópico fez-me pensar: nos últimos 3/4 anos terei dado mais de 50 conferências sobre estas temáticas do Marketing, Comunicação e Marcas. Mais de 2.000 alunos tiveram aulas comigo. Muita gente já me ouviu mais do que uma vez. Sinto que a imagem se desgasta e cansa. Sinto que é altura de parar para pensar e dizer: se calhar algum tempo sem conferências e palestras pode ajudar. Novos temas e novas formas precisam-se.
Manter as aulas mas deixar espaço para outros poderem falar.
Dirão uns: arrogante essa ideia; dirão outros: demasiado convencido....
Mas aqueles que diariamente estão comigo vêm o meu cansaço e a falta de tempo para fazer as coisas bem. Uma palestra ou conferência requer tempo, dedicação e empenho - quanto mais não seja pelo respeito que me merecem as audiências.
Qualquer das formas este é para já um sentimento. Não uma decisão. Apenas um desabafo.
3 Comments:
Realmente é um pouco esgotante estar constantemente a preparar e realizar conferências/palestras. E é por esse facto que por um lado concordo com a sua opinião de "afastar-se por um tempo".
Por outro lado, sei que pode parecer que estão constantemente a repetir-se mas na verdade não estão, pois como excelente(s) oradores - você e Dr. Carlos Coelho - de forma alguma tornam-se monótonos ou fatigantes. Antes pelo contrário, acho que são das pessoas mais versáteis e 'flexíveis' que conheço e que cativam o público de uma tal forma que o tempo passa tão depressa que não há qualquer desinteresse nas vossas palestras/conferências.
Quanto as temáticas de marketing, melhor que ninguem, vocês sabem que o marketing está em constante mutação e que por vezes nem nos apercebemos quanto algum assunto/tema específico nos ultrapassa e corremos o risco de estar a 'dizer algum disparate' ou induzir em erro alguém. Mas é exactamente isso que é a essência desta área e o que a torna aliciante e que nós faz/obriga estar constantemente actualizados.
E em ultima análise é isso o que torna as vossas conferências sempre uma 'nova' experiência e garanto-vos que em todas elas, aprendemos (falo como aluno e futuro profissional de MKT - assim espero - ) algo de novo.
Com os melhores cumprimentos,
Avelino Guerrero
Olá!
Quando te ouvi dizer isto pensei, muitas pessoas vão ficar tristes, muitas pessoas irão insistir contigo para que continues. Mas acima de tudo, caso faças uma interrupção, fá-lo temporariamente mas sem desaparecer na totalidade, ou seja, um género de "Gato Fedorento"...
Desapareceram dos programas de tv semanais, mas aparecem no "Meo" da "PT". Não criam coisas novas, mas a "RTP" continua a passar os programas deles.
Enfim, existem, são reconhecidos e vieram para ficar, o mesmo se aplica a ti!
Dás as tuas aulas, lanças os teus livros seja em que formato for, manténs o tráfego do teu blog activo e o "LinkedIn" a “bombar”. Quem sabe se num evento de grandes dimensões, até não poderás falar, mas acho que fazes bem em abrandar um pouco, fazer uma introspectiva e tentar crescer como orador, como professor, como instrumento de trabalho para os outros que aprendem através de ti e do que dizes e apresentas nos teus infindáveis p.points. :)
Sabes, que tens sempre ao teu lado quem te apoia seja qual for a decisão que tomares.
Agora, para já era fundamental que te concentrasses num só objectivo, o término da tese de mestrado.
Depois, verás o que daí advém! :)
Here 4U, arroxib!
Uiiiii.... eu sou daquelas que diz: arrogante essa ideia!!:) Tb o que poderia esperar de mim??:)
Acredito que haja um certo desgaste (o homem dos 7 instrumentos), mas acho que o dever dos bons é mesmo incutir, não o conhecimento, mas o gosto, a vontade de ter força, de continuar, de saber mais, de ser original e inovador, de fazer pela nossa economia, aos que ainda estão a dar os primeiros passos neste terreno "pantanoso"! e se os bons "desistem", embora temporariamente, onde está a garra?!
Espera mais dois anos, e entretanto vou eu dar as palestras!:)
Va....akele abraço
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