O Cinema – Nova Ferramenta de Marketing
Ao ler o título deste artigo pode o leitor pensar: “Lá vem mais um vender-nos o cinema como excelente meio de comunicação”. Na verdade até o é, devido à possibilidade de segmentação, ao tempo de exposição à mensagem, à adequação da mensagem e da marca ao filme, etc. Mas não é esse o tema que me leva a propor o cinema como nova ferramenta de marketing. Ou melhor, como forma de entender o futuro do Marketing.
Se acedermos a um site de venda de livros on-line encontramos inúmera bibliografia sobre como vai ser o futuro do marketing, da comunicação, o profissional do futuro, o consumidor do futuro, a agência do futuro, as vendas do futuro, tudo do futuro.
Palestras, seminários e cursos, teses e trabalhos se debruçam sobre este tema. Como vai ser o futuro? Para nós, neste mercado, interessa-nos sobremaneira o futuro consumidor, a futura comunicação e o futuro do marketing.
A busca das respostas a estas perguntas é um acto contínuo que influencia e impulsiona a inovação e o marketing. E muitas vezes a roda está mesmo por inventar sendo necessário pensar como vai ser, ou como gostaríamos que fosse, para criar algo novo.
Aquilo que me parece ser a melhor forma de encontrar respostas e inspiração para o futuro do marketing e da comunicação reside numa boa ida ao cinema. Uma hora e meia de inspiração, de temas para reflectir e acima de tudo de ficção que nos mostra como vai ser no futuro.
Alguns exemplos que me marcaram, e me ajudaram a entender algumas tendências que estão aí para influenciarem o marketing. Se olharmos para qualquer filme do 007 encontramos inúmeras soluções tecnológicas que há uns anos atrás eram impensáveis. Telefones portáteis, relógios com câmara fotográfica, pasta com impressora, carros blindados, porta-chaves que respondem ao som, canetas sem tinta, óculos com mensagens nas lentes. Tudo abordagens que hoje existem nos carros, nos telefones, e na maioria dos acessórios sem os quais não vivemos.
A Missão Impossível traz-nos pastilhas que colam, telefones intercontinentais, fitas para modificar a voz, máquinas digitais de elevada qualidade, carros supersónicos, software de encriptação, etc.
Mas aqueles filmes que elejo como os mais representativos do futuro são o Minority Report, o Matrix e o I Robot. Todos com soluções de marketing brilhantes, superiormente desenvolvidas, individualizadas, aplicáveis (se calhar o download de informação na cabeça ainda é cedo, mas os chips subcutâneos já aí estão) em breve. Identificação pela retina e pelo dedo, localização pelo calor, adaptação do equipamento ao corpo, carros sem volante, com TV e DVD, comboios sem condutor, robots assessores, acesso virtual à realidade e tantos outros exemplos que nos deixam perplexos e que 1 ano depois estão à nossa porta.
Convido o leitor a consultar a história cinematográfica e a verificar se as inovações de hoje já não foram alguma vez filmadas? O que hoje vemos no cinema é o que amanhã estamos a comprar. E amanhã mesmo. Não é ficção.
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