terça-feira, junho 28, 2011

Livro Marketing para os 45+


Num momento em que as empresas despertam para o potencial do segmento adulto e sénior, eis o primeiro livro português sobre o tema dos consumidores com 45 anos de idade ou mais, numa perspectiva que permitirá aos leitores — profissionais da área do marketing, professores e estudantes — encontrarem linhas de orientação de como fazer negócio com este vasto segmento de consumidores.

O livro visa equipar o leitor com uma visão 360º sobre o segmento das pessoas com mais de 45 anos, as suas particularidades, os subgrupos que surgem e como abordá-los em termos de marketing, numa lógica de ganho para marcas e consumidores.

Assim, eis uma obra que:
• Foca os chamados «adultos maduros» (com 45 ou mais anos) e os seniores (a partir dos 70 anos);
• Procura diagnosticar o que se passa com este grande grupo de pessoas e inseri-las no contexto actual das macro tendências mundiais, bem como nas tendências de comportamento do consumidor;
• Faz uma análise de como as marcas e os marketeers têm trabalhado este segmento de mercado, para além de indicar linhas de acção claras, com vista a potenciar melhores resultados.

Publicado hoje.
Luis Rasquilha e Ana Sepulveda
Atual Editora

http://www.actualeditora.pt/node/68

segunda-feira, junho 13, 2011

Escolhas “O muro tem dono. E ele cobra um aluguel bem caro”

Você tem idéia de quantas escolhas faz por dia? Tente fazer a conta. É quase impossível. Da roupa que coloca de manhã, ao caminho que faz para o trabalho ou escola, da comida que come no almoço ao que responde quanto recebe uma pergunta. Assim é a vida. Se tem uma coisa que fazemos todo santo dia é DECIDIR. Depois, é assumir o ônus ou colher o bônus de cada decisão. Tudo é relação de causa e efeito. Tudo é fruto do que se decide. Mesmo quando uma decisão em um aspecto da vida impacta direta ou indiretamente outro que parece não ter nada a ver. Obra do acaso não existe. Decide-se e pronto. Uma coisa puxa outra. Como diz meu amigo Max, “assim é o mundo dos adultos”.

Fiz esta pausa nas competências e farei sempre que um assunto “extra-campo”, mas relacionado com o tema Carreira, estiver me incomodando no momento. É isso mesmo. Ando incomodado com uma coisa. Ando incomodado com a incapacidade das pessoas de não entenderem coisas simples. De fugirem do óbvio. De mentirem para si mesmas. De quererem “consumir no bar e saírem sem pagar a conta”. Ando incomodado com quem não decide porque acha que é tarde, com quem não decide porque acha que é cedo, com não decide porque tem medo de errar e, pior de tudo, com decide apenas da boca pra fora.
Na carreira e na vida, as encruzilhadas são muitas. Algumas com impactos pequenos e curtos. Outras com impactos profundos e de longo prazo. Ao chegar a uma delas, não dá para voltar. A vida não tem mão dupla. É um caminho apenas. Para frente. Erros ou acertos só podem ser contabilizados e nunca apagados. Relógio não anda pra trás. E quem não encara isso de frente e se recusa a descer do muro, paga o preço mais alto de todos. A conta desse “camarote” é alta. A visão é boa, porque de lá pode-se ver quem errou, quem acertou e fazer julgamentos descomprometidos. – Tá vendo? Fulano decidiu isso e se deu mal. Ainda bem que ainda estou aqui. Pobre ilusão. O muro tem dono. A indecisão também é uma decisão. E a pior de todas.
Sem sombra de dúvidas, o maior fantasma dos que ficam em cima do muro é o medo. Medo de errar. Medo de se arrepender. Medo de perder dinheiro. Medo de se machucar emocionalmente. Enfim, muitos e muitos medos. Plenamente justificáveis e aceitáveis. Porém, todas as mazelas caem sempre em cima da cabeça de quem fica lá, no muro. Sabe por que? Porque o tempo passa. Só por isso. O tempo passa e leva pra sempre oportunidades e ameaças. A perecibilidade do tempo é a conta a ser paga. Poucos enxergam isso.

Quando pedi demissão, depois de 5 anos em uma empresa multinacional global, centenária e com excelentes perspectivas de carreira, para ir trabalhar em um Start Up de uma empresa de Telecom no interior de São Paulo, um mercado maluco, novo no Brasil e que representava outro planeta para mim, muita gente me chamou de louco. Meus pais (embora não dissessem) queriam me internar. – Pra que correr este risco? Confesso que não foi uma decisão fácil. Mas não sei por que, algo no meu íntimo dizia que, independente do tombo que eu eventualmente levasse, eu cairia pra frente. Você pode estar achando este raciocínio maluco (e talvez seja), mas foi isso que me motivou. Ir adiante. Escolher e entrar de cabeça para fazer dar certo. Alguns objetivos maiores estavam por trás, ditando os meus passos.

Conheço pessoas que até decidem coisas rapidamente, mas que pecam na convicção. A palavra decisão é mais ampla e séria do que a palavra escolha. São coisas bem diferentes. Quem escolhe, escolhe. Quem decide, entra de cabeça. Pula na piscina sem ficar botando o pezinho para ver se a água está fria. Esta é a diferença de quem decide e quem simplesmente escolhe. Nada garante o que será o futuro. Nada garante que uma decisão é a melhor. Mas uma decisão convicta e pensada, acompanhada dessa pegada forte para entrar de cabeça e fazê-la acontecer, raramente dá errado. E se der, quem erra, encara sempre como mais uma preparação para o próxima que virá. Do mundo dos negócios ao esporte. Da literatura às artes, esta é a postura dos vencedores. Decidem e pronto. Quando caem, levantam e seguem o rumo, porque o objetivo maior está acima de tudo. Estas pessoas não freqüentam a parte de cima dos muros. Ou estão de um lado ou do outro. Mas sempre acreditando que estão do lado certo.

Se você estiver se perguntando se já errei alguma vez, a resposta é SIM. Se a segunda pergunta for se doeu, a resposta também é SIM. Alguns tombinhos doeram pouco. Outros doeram muito. Alguns custaram pouco. Outros custaram bem caro. Mas o balanço e a minha contabilidade me dão orgulho. Para cada erro, talvez dez acertos. O saldo? Sempre positivo. No final, sempre o “lucro”, na carreira e na vida. Sempre o crescimento.

O ingrediente para se ter esta postura? Objetivos convictos. Claros, mensuráveis, desafiantes, possíveis e coerentes. Saber onde se quer chegar é tudo. Sem isso, tudo vira ameaça. Tudo mete medo. Tudo é obstáculo. Não existe sucesso sem objetivos claros. Não existe caminho duplo. Para cada escolha, uma renúncia. Quando chegar a uma encruzilhada, vire. Se for à direita, siga e não olhe para trás. E vice-versa. Se errar, chore e contabilize. Se acertar, comemore e contabilize. Mas nunca, nunca mesmo, fique parado(a) olhando para os lados ou assistindo tudo de cima do muro.

Pense nisso um pouco. Em que lado do muro você está? Qual é seu nível de convicção sobre o que faz hoje na sua vida profissional ou pessoal? Quais são os seus objetivos? Como você quer a sua vida no futuro? Não sossegue enquanto não tiver isso claro. Este é o primeiro passo para a realização, pessoal e profissional.

E não se esqueça: O muro tem dono. E ele cobra um aluguel bem caro! Até o próximo!

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Marcelo Veras
Vice-Presidente Acadêmico - ESAMC www.esamc.br
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sexta-feira, junho 10, 2011

O que dizer?

Boa pergunta para iniciar uma pequena reflexão sobre estes últimos tempos.

Se olhar para trás, para os últimos 2 anos, uma conclusão é obvia - em tempos de incerteza, crise e insegurança o mundo é dos audazes e dos que têm a coragem de correr riscos.

Já me deram a "Medalha do Napoleão" quando em 2009 saltei de cabeça para uma coisa que ninguém sabia o que era e que dava pelo nome de AYR.

Loucura? Irresponsabilidade? Cansado de estar bem? Foram tantas as perguntas que me fizeram que confesso até esqueci quase todas. Fui louco por entrar num negócio que ninguém sabia bem o que era - confesso que talvez nem eu percebesse verdadeiramente a amplitudo do que estava a fazer. Mas quando o Carl Rohde me desafiou a isto estávamos, ele e eu, longe de imaginar o que conseguiríamos em 2 anos. E conseguimos muito.

O que dizer?
Que hoje somos uma realidade. Uma empresa, humilde, de estrutura reduzida, low profile QB que tem trabalhando para as melhores marcas, que tem criado projectos de sucesso inquestionável, que tem sido chamada às missões impossíveis e que se estruturou de forma profissional marcando um território no mundo do TrendsInnovation com metodologias próprias e com uma visão estratégica acima de muitas das Top Consultants do mundo.

Loucura quando decidimos atravessar o Atlântico e entrar no Brasil? Foi sim. Uma loucura saudável que levou um ano e meio a preparar mas que está a acontecer de forma rápida e eficaz. E que hoje não se pára.

Vêm aí mais duas loucuras - de uma equipa que hoje me completa com 5 pessoas em Lisboa e 3 em São Paulo. Que acredita que as loucuras que temos são saudáveis. Vêm aí mais duas. Em breve a 2Ynnovation chega ao mercado.

Temos, e eu pessoalmente, corrido riscos que só quem nos acompanha diariamente sabe quais são e como são geridos e digeridos. Acreditamos que a nossa fórmula é de sucesso. Se falhar (não falharmos - se eu falhar) uma coisa ninguém me tira. O gozo, a experiência e a aprendizagem de em 2 anos termos feito uma consultora de actuação mundial que em qualquer mercado luta de igual para igual com as melhores networks. Sem medo. Mas com grande sentido de foco nos resultados dos nossos clientes. Muitos são aqueles a quem devemos tudo e que pela confidencialidade de uma consultora não os referimos. Mas são eles que me/nos fazem trabalhar e viver 18 horas por dia a AYR e o Science of the Time.

O que dizer?
Que somos um Case. Ainda júnior. Mas um Case. Digo aos meus alunos que o sucesso de um negócio qualquer que seja passa em 90% por acreditarmos que é possível. A AYR é a prova de que quando acreditamos é possível. Com esforço, com trabalho, empenho e muitas horas de sono perdidas, refeições mal feitas, familias abandonadas nos fins de semana, férias não tiradas. Mas somos um Case. Quanto mas não seja para nós próprios.

E aqueles que por motivos diversos não gostam de ver a AYR a crescer (eu sei quem são e o que os motiva) façam-ME o favor de continuar a odiar-nos. Só nos dão mais força. E nós gostamos. O que seria se todos gostássemos do preto? O branco ficva abandonado...

O que dizer? Que coolhunting há dois anos quase não existia em Portugal e hoje faz parte da giria de universidades (ainda que alguns professores falem dele sem ainda terem vivido o CooHunting) e das empresas (ainda que alguns marketeers e top managers ainda não tenham vivido a 100% a experiência TrendsInnovation).

O que dizer? Que vivemos o slogan do Johnnie Walker - Keep Walking. Nós é mais Keep Running.