terça-feira, setembro 27, 2011

Férias cá dentro e a crise terá forçado essa opção.

(Jornal de Negócios, 27/Set/2011)

O presidente da República pediu férias cá dentro e a crise terá forçado essa opção. Os portugueses foram dos europeus que menos viajaram para fora em 2010. Fizeram, antes, "escapadinhas": férias curtas em território nacional, revelam dados do Eurostat.

No dia Europeu do Turismo, o Eurostat publicou hoje um estudo sobre o perfil das férias dos europeus em 2010.

De acordo com o relatório, perto de uma em cada quatro viagens de férias dis europeus foi para o exterior, e metade de todas as viagens de férias foram curtas viagens dentro do país de residência (domésticas).

Portugal aparece em quinto lugar na lista dos países que realizaram mais "escapadinhas", férias curtas e em território nacional.

Quem mais optou por viagens domésticas e curtas foram os residentes na Letónia, 73%,Finlândia, 70%, Dinamarca, 67%, Espanha, 65%, Bulgária e Portugal, ambos com 64%. Já as maiores percentagens de longas viagens domésticas foram registadas na Grécia, com 47%, França, com 39%, Itáliae Polónia, ambos com 35%, e Roménia, com 34%.

Em 2010 os residentes da União Europeia realizaram mil milhões de viagens de férias, das quais mais de três quartos foram viagens dentro do país de residência, e cerca de um quarto foram viagens ao estrangeiro.

Relativamente à duração das viagens, as férias dentro do país de residência foram maioritariamente de curta duração, cerca de 1 a 3 noites, enquanto que as viagens ao estrangeiro foram geralmente mais longas, de quatro noites ou mais.

No total, metade de todas as viagens de férias realizadas pelos residentes da União Europeia em 2010, foram curtas viagens domésticas, enquanto que as longas viagens domésticas representaram cerca de um quarto, revela o comunicado da Eurostat.

Cerca de um quinto de todas as viagens de férias foram longas viagens ao estrangeiro, e 5% foram curtas viagens ao estrangeiro.

As maiores percentagens de viagens domésticas em 2010 observaram-se na Roménia, onde 94% de todas as viagens de férias foram dentro do próprio país, em Espanha, 92%, e na Bulgária e na Grécia, ambas com 91%. Em todos os estados membros se registou uma maior percentagem de curtas viagens domésticas do que longas, à excepção da Grécia.

Em apenas cinco estados membros, metade, ou mais, das viagens de férias realizadas em 2010 foram para o exterior. No Luxemburgo perto de 100% das viagens de férias foram para o estrangeiro.

Na Bélgica, foram cerca de 76%, a Eslovénia registou cerva de 56%, na Holanda 53%, e na Áustria cerca de 50%. A maior percentagem de viagens para o estrangeiro curtas em 2010 foi no Luxemburgo, de 38%, seguido da Eslovénia, com 26%, e Bélgica com 22%.

As viagens longas para o estrangeiro foram lideradas pelo Luxemburgo, 62%, Bélgica, 54%, Holanda, 43%, e Chipre, com 42%.

segunda-feira, setembro 05, 2011

Atitude Vencedora: “Se cada um fizer a sua parte, o fracasso é certo”

Hoje quero colocar mais um importante tijolo na parede que me propus a construir neste espaço através de artigos sobre Carreira e Competências. Desde que comecei, tenho tentado seguir uma linha de raciocínio que ajude as pessoas a, primeiramente, entenderem porque alguns poucos atingem um elevado patamar de sucesso em suas carreiras e outros não. Segundo, para que cada um possa também desenvolver as competências necessárias para chegar lá. O caminho não é trivial. Se fosse, todos que tivessem lido os livros que prometem mostrar o caminho do sucesso já teriam chegado lá. E a maioria sequer conseguiu sair de onde está.

Em uma das inúmeras entrevistas que fizemos na ESAMC com líderes empresariais, um fato novo e inusitado surgiu em uma conversa com um presidente de uma importante empresa de Tecnologia. Durante a conversa, ele nos disse que “o que realmente a sua empresa estava precisando era de pessoas com Atitude Vencedora”. Questionado a detalhar melhor o que considerava “Atitude Vencedora”, ele disse: - Eu estou cansado de ouvir pessoas me dizerem que um determinado projeto fracassou ou não teve os resultados esperados, mas que a pessoa em questão (ou a sua área) fez a sua parte da melhor maneira possível. Vou traduzir melhor esta frase em um exemplo prático. Imagine que você é um profissional de vendas de uma empresa. E que assumiu um compromisso de vender X unidades do produto da empresa. Entretanto a fábrica, por alguma razão, não conseguiu produzir estas unidades. Você tinha as vendas fechadas, com pedidos em mãos, mas não conseguiu concretizar porque não tinha produto disponível para entregar. Pergunta: - De quem é a culpa? O seu pescoço merece sentir a dor da corda? Obviamente você deve responder que não. Você fez a sua parte, certo? Vendeu. Cumpriu com a sua parte no projeto. E ainda vai ficar berrando pela empresa que você foi prejudicado pela área de produção.

Pois bem, era exatamente sobre isso que este líder estava tratando. Durante a sua fala, ele nos disse que atualmente o grande desafio dos profissionais é o de ir além. Ele nos disse que prefere administrar um eventual conflito entre pessoas ou áreas porque uma “atravessou” a outra para fazer a coisa acontecer do que ouvir a velha desculpa travestida na frase “Eu fiz a minha parte”. Isso é, ao mesmo tempo, chocante e duro. Nós fomos educados e treinados para trabalhar dentro de determinados limites, respeitando hierarquia, Job Descriptions, limites de autoridade etc. Muita gente já foi demitida porque fez mais do que deveria fazer, atropelando e desrespeitando a estrutura organizacional ou as políticas. Isso, em algumas empresas, é inadmissível. Ouvir um presidente de uma empresa dizer que “gosta” de ter este problema na sua empresa chama a atenção. Será que é uma opinião individual ou trata-se de uma nova demanda que está se consolidando? Pelo que tenho visto e ouvido, tendo a ficar com a segunda opção.

A nova ordem mundial tem penalizado e vai penalizar fortemente as empresas que operam com organogramas muito bem definidos, limites de autoridade muito bem definidos, e que fazem com que as pessoas ali dentro se limitem a “apertar o seu parafuso”. Você pode até estar pensando que o problema está na falta de trabalho em equipe, mas eu estou falando aqui de uma coisa nova. Algo que vai além do trabalho em equipe. Esta conversa está no campo da perspectiva pessoal e não corporativa. O que este líder disse, em outras palavras, é que existem profissionais que, além da fazerem a sua parte, acreditamquevãoconseguiremobilizamquemfornecessárioparaqueacoisaaconteça.Entende? Estamosfalandode alguém que, independente dos processos, do organograma, das políticas e do seu cargo, consegue “comprar” um projeto como se fosse a última coisa que fosse fazer na vida. E trabalha para mobilizar as pessoas necessárias para que aquele projeto aconteça. A questão é: Como fazer isso?

Esta conversa me rendeu algumas noites pensando melhor nesse novo desafio para os profissionais. E, após algum aprofundamento no assunto com executivos desta e de outras empresas, concluímos que “Atitude Vencedora” é o prato final que conta com algumas competências comportamentais e gerenciais que estou tratando e que ainda vou tratar aqui. Empreendedorismo é uma delas. Outras virão, como Relacionamento interpessoal, comprometimento, Pensamento Produtivo e Assertividade.

Mas hoje quero deixar este desafio para que você pense e repense. Será que está surgindo uma nova demanda ou trata-se de um caso isolado? Será que ainda “devemos” respeitar tanto os limites de autoridade e decisão de áreas? Será que alguém vai ser demitido no futuro porque passou da conta e atropelou outros colegas na empresa? O tempo e os corajosos vão responder em breve.

Até o próximo!

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Marcelo Veras Vice-Presidente Acadêmico - ESAMC www.esamc.br
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