sexta-feira, junho 30, 2006

Onde está o Wally?

Esta é a frase mais conhecida quando queremos encontrar algo que não sabemos onde está ou, estando mesmo à nossa frente, não vemos.

Seja para encontrar um CD na prateleira da Fnac, um livro na Bertrand (ou mesmo em casa?!) um sumo no supermercado, uns ténis na Nike ou alguém no shopping, a célebre expressão "onde está o wally" surge como se de uma marca top of mind se tratasse.

E o esforço que temos de fazer para encontrar o Wally é muitas vezes insano mas, quando finalmente, o encontramos sentimo-nos poderosos, eficazes e, dependendo do nível de envolvimento com o que queríamos encontrar, felizes.

Esta máxima que seguimos em termos pessoais, deixamos normalmente de fora em termos profissionais.

Qual é o Wally das empresas? Os clientes e os consumidores. Aqueles que usam, compram (e pagam o preço justo) o que as nossas marcas têm para vender. Para encontrar o "nosso" Wally temos de pensar, inovar, criar novas e mais eficazes formas de comunicação para estar no sitio certo à hora certa.

A comunicação estanque, sectorial ou parcial já deu. É passado! Above the Line e Below the Line só serve para a primeira aula da universidade. Estamos na comunicação integrada, transversal e acima de tudo eficaz. Temos de estar onde está o Wally.

As agências ainda não entenderam isso. E os clientes estão sem soluções. Criativos que apenas querem fazer spots TV, accounts que não sabem o que é marketing, consultores estratégicos (quando os há, cada vez menos presentes nas agências) míopes que apenas pensam numa direcção – aquela que gera mais margem do budget. A realidade é que as empresas prestadoras dos serviços de comunicação pararam há 10 anos. E não conseguiram ainda encontrar o paradigma do negócio. A tendência e a capacidade de se adaptarem a esse movimento do consumidor.

Pensar "Out of the Box"? Não!

"Burn the Box".

Ser diferente, inovar, criar e acima de tudo "andar depressa". Os desafios do novo milénio para as agências passam pela adaptação ao environment e à velocidade que este tem. E optar por ter uma legião de estagiários sem comando sénior apenas para cortar custos é a morte anunciada do negócio. O dinheiro não está na produção ou nas margens de media. Está na estratégia, na inovação e sempre, mas sempre, na criatividade eficaz (e não na arte). E os resultados provam isso.

Para clientes e marcas o desafio é pensar e escolher um parceiro e não um fornecedor. Uma empresa que entre no processo e que não reaja apenas a pedidos de última hora sem briefing nem orçamento.

O Wally está bem à mão. Basta saber procurar. E os "motores de busca" estão lá para isso. E temos de pensar nos motores de busca integrados, que é pensar comunicação para além das simples disciplinas da comunicação. É pensar eficácia, sedução e experiência. É pensar novas formas de chegar ao Wally e fazer-se notar. Porque o inverso também existe. Com a quantidade de marcas que comunicam nós é que passámos a ser o Wally que o consumidor tem de encontrar.

(Obrigado ao Luis Segadães pela inspiração para este artigo)

Publicado na Meios e Publicidade em 21/07/06

segunda-feira, junho 26, 2006

Amor ou Paixão

Duas palavras com tanto significado nas relações entre as pessoas, mas tão desprezada nas relações das marcas com os seus consumidores.

Sabemos que 95% das decisões de compra (segundo a Harvard Business School) são emocionais e apenas 5% racionais. Continuamos a pensar nas nossas estratégias de marketing, nas nossas campanhas de comunicação e nas nossas marcas apenas pelos 5% de racionalidade que o consumidor não tem em primeira opção.

Pensamos na rapidez de resposta, na facilidade de subscrição/compra, de acesso ao crédito, etc, esquecendo o impulso, o feeling, aquele momento único que não sabemos explicar mas que induz à compra, à adesão, ao querer.

Se quisermos fazer a comparação entre a dicotomia amor-paixão nas relações pessoais e nas relações marcas-consumidor então poderíamos dizer que:

As marcas que compramos por impulso, que não pensamos e queremos, quando pensamos já comprámos, usamos e voltamos a usar mas sabemos que um dia vamos deixar de usar por uma ou outra razão são aquelas por quem nutrimos um sentimento de paixão.

As marcas a quem somos fiéis, que defendemos e usamos em qualquer e em todas as situações, que continuamente compramos e recomendamos, que não imaginamos como seria sem ela, são aquelas por quem temos amor.

O grande desafio é conseguir que, depois da paixão passar, o amor prevaleça. Só assim conseguimos a fidelização, a manutenção do consumidor/cliente.

Não será assim também nas relações? A paixão arrebatadora que nos leva a deixar tudo, a planear o mundo, a mudar tudo na nossa vida? Para depois, quando acaba (leve o tempo que levar, acaba sempre) sentirmos, crescermos e desejarmos estar e ficar para sempre com essa pessoa? Digamos que é uma evolução, que nem sempre acontece, mas que desejamos que seja a consequência natural da paixão. O amor.

Assim também o queremos na relação com as marcas. E dizer amo-te a um cliente é bem mais fácil do que dizê-lo a alguém. E mais fácil de conseguir provar.

segunda-feira, junho 19, 2006

Renova Color

Quem dizia há uns anos que o mercado do papel higiénico estava estagnado e sem margem de progressão, tal como o das cervejas ou das águas, estaria certamente longe de acreditar até onde seria possível ir.

Hoje, a realidade mostra-nos que é possível, é sempre possível, fazer mais e melhor, inovar e criar novas soluções para a satisfação de necessidades nunca até então encaradas de forma emocional.

De facto quem pensaria em comprar um papel higiénico colorido? Ninguém! Até ele surgir. A Renova ousou e ganhou. Lançou em preto e foi um sucesso. Lançou em vermelho e o sucesso mantém-se. Que mais cores poderão ser sucesso? Todas as que a marca lançar e o consumidor pagar para ter.

E se repararem nos preços, papel dupla folha e papel colorido têm valores completamente diferentes do papel normal. E os coloridos custam o dobro dos normais. E as pessoas compram e pagam o valor pedido. Uma inequívoca prova de que preço não é tudo e que a imagem, o estilo e a experiência (seja ela qual for) são mais importantes do que o valor monetário que estamos dispostos a dar para satisfazer essa necessidade.

Até para limpar o dito estamos mais fashions.

quinta-feira, junho 15, 2006

She's Back



Ela voltou. A nossa vaca está de volta ao campo pequeno.
Obrigado a todos quantos se aliaram ao movimento de salvação da vaca.

Life Goes On

Um ano lectivo que agora termina.
Um grupo de alunos finalistas que agora começam uma nova etapa (vou ter saudades vossas).
Um conjunto de alunos que dá mais um passo rumo ao "canudo".
Um grupo de alunos que agora entram nesta etapa, que é a Licenciatura.

Assim é a dinâmica que enfrentamos diariamente nas universidades e que nesta altura do ano nos faz olhar para trás e fazer o balanço académico, profissional e pessoal de um ano (bem, na verdade são apenas 9 meses) de trabalho.

Para acrescer a isto temos o dia-a-dia nas empresas, os stresses, as coisas boas e más, as vitórias e derrotas.

Ainda temos as solicitações à nossa volta, daqueles a quem nem sempre damos a devida atenção e muitas vezes magoamos pela nossa ausência, má disposição ou mesmo inconsciente acção.

Àqueles que agora terminaram o curso - parabéns e felicidades
Àqueles que passaram de ano - parabéns e está quase
Àqueles que agora entram - bem vindos

A todos aqueles que de alguma forma contribuíram para o balanço do ano - obrigado

Àqueles (que sabem quem são) a quem não dei atenção e até magoei - desculpem

Life Goes On e daqui a 3 meses tudo começa outra vez...

E nós estaremos cá, como sempre.

A Vida É Bela!

sexta-feira, junho 09, 2006

RiR - Rock In Rio Lx 2006

Um espectáculo o último dia... 4/6/06 - Anastacia, Sting, GNR